15. Camisa Lavallière e exibicionismo.

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Por Andrew...

Após sairmos daquela loucura, deixamos Sam na casa dele, com a certeza que aquele escândalo estaria no trend topics do twitter, ainda mais que meu nome estava envolvido.

Com essa certeza, Benjamin tomou o rumo da casa onde estávamos e, em um (quase) completo silêncio, com apenas alguns comentários sobre o que ocorreu, chegamos.

Subi. Papai e Tyler estavam dormindo, já que era um pouco tarde, fui tomar um banho e Benjamin fez o mesmo.

Ao terminar minha rotina de self care, como os cremes, para hidratar meu corpo e rosto, escovar os dentes, higientes no geral, vou para o quarto, troco de roupa, colocando meu pijama, pego o iPhone e repondo alguns e-mails e mensagens, principalmente de Gregory me informando tudo da empresa. Como estava com saudades. Como de praxe, nessa nova rotina, retorno para o outro quarto, percebendo que o delegado já estava deitado na cama. Já que já tínhamos nos beijado no evento, não precisava ocorrer esse infortúnio mais uma vez, graças a tudo de mais sagrado. Queria evitar qualquer contato, desse tipo, com esse homem

Com isso, deitei-me ao lado de Ty, que estava, como vinha acontecendo, no meio da cama, e, então, depois de muito pensar, adormeci.

***

Na manhã seguinte, sou o primeiro a levantar, e, olhando meu celular, vi que acordei sem o despertador, e que ainda era bem cedo.

Assim, Tyler estava deitado no peito do delegado, que dormia sem camisa, (um exibido), ambos, provavelmente, acordariam mais tarde. Com isso, levantei, e fui para o outro quarto, o de sempre, o mesmo que estão minhas coisas, para, então, tomar meu banho - creio que já comentei que sem um banho eu não acordo -, bem, assim entrei no chuveiro, fiquei uns vários minutos relaxando e conferindo as notícias em meu telefone, que é resistente à água, ao olhar mais algumas coisas, vejo, para minha surpresa, que já estamos próximos do dia de lançamento da nova edição da revista, a de outono/inverno. Ou seja, tenho que voltar o mais rápido possível para Nova Iorque, vai completar uma semana que estou em Lockhart.  Para quem nunca voltaria, fiquei tempo de mais por aqui. E isso passou muito rápido. Minha vida mudou tão drasticamente em uma semana, mais do que poderia mudar em anos... Me casei, mesmo que com um ogro sem coração que eu não amo- se quer gosto -, ganhei um filho, a melhor parte disso tudo. Esse sim eu amo. Amo com todas minhas forças. Minha relação com Tyler sempre foi boa, construímos uma história, ele sempre ficou na casa de papai, quando o doutor precisava, então, era muito comum vê-lo, já que visito meu pai, no mínimo, duas vezes por semana. Dessa forma, nos tornamos mais que amigos; agora, somos pai e filho. Louco, não? Pode parecer rápido e precipitado, confesso que no início eu também achei. Mas essa espontaneidade dele me tratar assim e o meu imediatismo por alguém em que "descansar", "depositar" energia, "distrair", contribuiu para isso tudo isso que temos fosse mais que perfeito.

  Bem, continuando, depois de longos minutos, saio do banho, faço meu skin care, e me retiro do banheiro, no quarto, escolho mais uma das roupas que Gregory separou para mim, dessa vez, era uma blusa Gucci vermelha carmesim, com amarração de laço na gola, na parte frontal, uma peça inspirada nas gravatas de Louise de La Vallière, a duquesa de La Vallière. (Pronuncia-se Laveliér). Antes era uma espécie de gravata, agora, tornou-se blusas... Gregory compôs a camisa com uma calça preta de alfaiataria, Tom Ford, tênis brancos, também Gucci. Finalizei com alguns acessórios, como uma colar longo de brilhante, relógio, pulseira e anéis. Um mix que amo. Enfim, era uma roupa mais normal para mim, já que eu não iria sair para algum lugar mais formal ou que pedia um look mais elaborado. Por fim, apenas passei meu perfume.

 Por fim, apenas passei meu perfume

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Saio do quarto, passo pelo que dormi, vejo apenas Tyler deitado, todo espaçoso, dormindo como pedra. A luz do banheiro estava acesa, mesmo com a porta fechada, dava para notar. Certamente era Benjamin, lá dentro, tomando banho, já que eu também ouvia o cair da água.

Entro no cômodo, me aproximo da cama, onde eu me assento, no intuído de acorda Tyler. Com isso, vou mexendo delicadamente em seus braços, sem resultado, aumento o ritmo e, consequentemente, a força. Com efeito, ele vai se remexendo e diz;

- Ah, papai, me deixa durmir mais um pouquinhu. - Falou bem dengoso.

- Nada disso, meu amorzinho, vamos levantar que hoje vamos fazer panquecas. - No mesmo instante ele abriu os olhinhos, levantou um pouco e me abraçou.

- Eba, eu amo as panqueca!!

- As panquecas, lindinho. - Toco a pontinha do seu nariz, ele logo "pula" em cima de mim novamente. - Calma, mocinho! Vai acabar me derrubando. - Foi minha vez de falar, dando vários beijinhos nele.

- Para, papai, para!!! - Disse rindo, me fazendo derreter de amor por ele, cada vez que ele me tratava pela alcunha de papai.

Ficamos nessa brincadeira até escutar um "raspar" de garganta, era o doutor atraindo nossa atenção. Assim, Ty e eu paramos o que estávamos fazendo e voltamos nossa atenção para a porta do banheiro, de lá, saía um vapor intenso, e o delegado, como daquela última vez, estava parado, encostado no batente, ele, pela primeira vez, se não estou enganado, algo que duvido, disse um bom dia.

- Bom dia! - Disse. Olhei para ele, vendo as gotas d'água escorrendo por seu tronco, parando em sua toalha. Nossa.

- Bom dia, Benjamin! - Falei quando me dei conta que o observava demais.

- Bom dia, paizão! Tudo bem? - Tyler perguntou empolgado!

- Está tudo bem sim, campeão! E com você? - Ele devolveu a pergunta. Estranho. Acordou com um bom humor hoje?!

- Estouuu! Vou fazer panquecas com o papai Andy!!!!!!

- Que bom, filhão! Então vai tomar seu banho para a gente descer.

- Tá bom! Vou ficar cheilozinho!!!! - Disse correndo para o banheiro. Quando ele entrou no cômodo, Benjamin virou para mim, e, meio sem jeito - Oi?? Justo o macho que toma as iniciativas - disse:

- É...Andrew...o beijo.

- Ah, é verdade. - Comentei. Ainda surpreso por ele me chamar pelo nome. Vejo ele vindo me minha direção, eu me levanto e logo falo:

- Benjamin, eu não vou beijar você todo molhad... - Não completo a frase, já que ele me puxou, pousou as mãos em minha cintura, e, contra minha vontade, pela enésima vez, me beijou.

Um beijo normal, mas, como exigia o contrato, com língua, e toques. Um beijo que me permitiu sentir o gosto de sua boca, seus dentes recém escovados, que me permitiu sentir a quentura de seu corpo... Como tudo seria mais fácil se ele fosse um homem gay...

Depois que nos separamos, eu disse:

- Quantas vezes vou ter que te pedir para me avisar? Veja só - falo apontando para minha roupa - Estou todo molhado.

- Eu costumo molhar muitas calcinhas... - Falou limpando a boca, como sempre. - E eu já falei que não sou gay, Bambi. Não vou te comer.

- Ah, Benjamin, me erra. Estou falando da minha camisa pussy bow -  Respondi.

- Camisa o que? Pussy para mim é outra coisa. - Falou rindo do nome da peça, de modo malicioso, passando a língua pelos lábios. infantil.

- Então chame de camisa Lavallière.

A Vingança Está Na Moda (Romance Gay)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora