_ Então, você vai me dizer o que veio fazer aqui ou eu vou ter que perguntar ao John? -Eric perguntou feito um cão soltando espuma pela boca.
_ Bom, se eu me lembro bem, John nos pediu para deixá-lo a sós. E acho que como eu, você também prometeu que respeitaria. -Fabrizio tentou ser educado, mas também parecia estar perdendo a compostura.
_ Mas se acabou de falar que prometeu algo a ele, o que veio fazer aqui?
Não estava gostando nem um pouco do que estava prestes acontecer e nada poderia me deixar ainda mais insatisfeito. Então tive que intervir para não me arrepender depois.
_ Ei, chega! Que cena idiota é essa? -eu esbravejei chamando a atenção para mim. _ Não estou afim de lidar com isso. Estou exausto e preciso de descansar.
_ John, não fique mal. Eu devia ter avisado que estava vindo. -Fabrizio tentava se desculpar.
_ Eu acabei de voltar de Palermo. Foi uma viagem que era para ser de paz e descanso, mas acabou mexendo demais comigo e eu não estou afim de conversar hoje.
_ Eu te entendo, John. Me desculpa. -Eric dizia vermelho de vergonha.
_ Não, você não entende. Aliás nenhum dos dois entende. Quero um tempo pra mim. Quero tentar ver a melhor forma de tocar minha vida e seguir adiante. Está difícil entender isso?
_ Sim, claro. Não queremos atrapalhar. - Fabrizio respondeu tentando se redimir. _ Se precisar de alguma coisa sabe onde me procurar. A equipe está sentindo sua falta.
_ Sabe onde me procurar também, John. -Eric concordou e eu quase acreditei que eles estavam dando uma trégua.
Sem que eu pedisse mais uma vez, os dois decidiram sair e sem se despedir. Desceram juntos e eu mais do que aliviado peguei meu celular. Peguei o cartão que Joanna, que ela havia me mandado e liguei para conversarmos.
_ John, que surpresa você ter me ligado. Como está?
_ Estou ótimo. Na verdade cheio de ideias. Você já veio para Nova York?
_ Sim, cheguei agora a pouco.
_ O que acha de nos encontrarmos para bater papo?
_ Eu acho uma excelente ideia. O que acha de irmos a um bar novo aqui no Bronx?
_ Perfeito. Me manda a localização que eu te encontro as 19:00.
_ Fechado.
Ficamos conversando por horas aquela noite. Eu estava ansioso e cheio de novos planos. Conversamos sobre vários assuntos e acabou que Joanna meu deu inúmeras ideias para coisas que estavam passando na minha cabeça.
_ Quero fazer muitas mudanças e preciso de você por perto. -eu falei e ela sorriu.
_ Pode ter certeza que sua nova amiga, vai te ajudar a transformar sua vida.
Depois de muito conversar, beber e comer, voltei pra casa e fui dormir. Precisava recarregar as energias porque o dia seguinte seria bem puxado. Com a esperança de voltar para Oceans e tudo voltar ao normal, acordei cedo e sai de casa. Ainda estava me acostumando com o carro. Eu precisava de tempo, então sai duas horas antes para que não acontecesse nada de errado.
Chegando no trabalho, troquei minha roupa e segui para a cozinha. Fui recepcionado pelos colegas de trabalho com abraços e beijos.
_ Sentimos sua falta, Chef John. -disse a chef das saladas.
_ Obrigado, gente. Também senti a falta de todos. Como foram sem mim?
_ Foi tudo tranquilo. Fora a saudade, tá tudo bem, não é gente? -disse Fabrizio entrando na cozinha com a dólmã branca que eu amava nele.
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O tempero do amor -Romance Gay-
RomanceJohn é um jovem e talentoso cozinheiro que se muda para Nova York para se tornar um grande chef. Durante esse trajeto o destino acaba lhe trazendo dois irmãos completamente diferentes entre si que vão ajudá-lo de diferentes formas. O que será que J...