VOU ESPERAR... ENQUANTO ISSO... SEREI SEU MELHOR AMIGO

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                                                                                         CAPÍTULO III


Flor estava na cama há horas acordada não sabia se iria ou não ao apartamento de Victor Hugo. Por que estava tão preocupada era uma reunião sobre o projeto, o que estava temendo. Talvez fosse receio de conhecer o luxo da casa dele e assim se sentir deslocada. 

Luiza que nunca vira a amiga tão parada e pensativa, a não ser no dia que teve vontade de esganar Célia e não conseguiu se concentrar em nada enquanto não colocou em pratos limpos a história sobre o livro. Flor só voltou a seus afazeres depois de dizer umas boas para Célia, mas ficou com remorso, pois ela estava toda marcada havia apanhado do namorado. Mesmo assim dissera a Célia que não a perdoaria e que jamais aceitaria outro pedido de ajuda. 

Mas isso não aconteceu, pois Flor tinha um coração de ouro, não podia deixar de ajudar Célia nas disciplinas que ela não entendia e que só com a explicação de Flor conseguia tirar boas notas. Quando Flor explicou a situação, Luiza riu achando que a amiga gostava do gostosão da faculdade, mas não queria admitir nem se envolver não a culpava, pois também achava Victor Hugo uma perdição, até sonhou com ele uma vez, mas seu coração já tinha dono. Sabia que a amiga também iria superar essa idolatria por ele assim que encontrasse o homem certo, isso iria demorar é claro, pois sua vida era ficar em cima de livros e homens não gostavam de mulheres muito inteligentes, por causa da concorrência.

- Não seja boba Flor é só uma reunião. O que poderia sair errado? – disse tentando ajudar à amiga.

- Eu não sei. – levantou-se da cama vestida com seu camisolão até os joelhos – Aquela gente toda. Filhinhos de papai e eu ali me sentindo deslocada. E outra, se eu não for não vão perceber a minha ausência. – e se jogou na cama novamente.

Ela estava errada. Era quase duas horas da tarde quando a responsável do alojamento bateu em sua porta dizendo que uma mulher esperava por ela na entrada. Era Melissa acompanhada de Victor Hugo e J.R., seu namorado. 

As pernas de Flor começou a tremer. Estava horrível, na correria de saber quem era não se arrumou direito. Estava com uma bermuda surrada pelo excesso de uso e uma camiseta enorme com um nó na frente, a camiseta era de seu pai, havia lhe dado de presente, mas ele não tinha gostado.

Victor Hugo por sua vez adorou seu visual. Nunca tinha visto seu corpo por causa daquelas camisas enormes que ela usava. Agora poderia avaliá-lo melhor, era pequena parecia mais uma menina do que uma mulher, mas tinha seus encantos. 

Ao ver seu olhar sobre o seu corpo Flor ficou desconcertada. Queria que o chão se abrisse e nunca mais sairia de lá. Cruzou os braços e esperou alguém se manifestar. Depois de se cumprimentarem entre si, Victor Hugo falou:

- Já que a cinderela não saiu do castelo a carruagem veio buscá-la. – e apontou para uma Van parada em frente ao prédio. Ele já havia trocado de carro novamente.

- O meu carro é pequeno demais. Às vezes preciso carregar mais pessoas... 

Mais garotas pensou Flor ...

– Então resolvi comprar esse. Agora tenho um para passeio a dois e outro para passeio em grupo.

Convencido, esnobe e arrogante. Não pense que estou impressionada queria desabafar, mas não o fez. Não sabia se era por despeito que queria mostrar a ele que não se importava com o luxo e o esbanjamento dele. Flor orgulhosa e com a única arma que dispunha falou:

ENTRE O E A AMIZADEOnde histórias criam vida. Descubra agora