— Vim colocar as cartas em jogo — Katherine diz — Eu realmente iria ser legal com vocês, mas eu já cheguei sendo maltrata por Hina. E você Esmeralda... — ela me olha com desdém — Eu fico muito ofendida por ter sido confundida com você
Fecho as mãos em punho e seguro a vontade de socar a cara dela.
Na primeira vez que nos vimos. Katherine disse totalmente o contrário.
— Arthur nunca se casará com alguém como você — Hina diz enojada
— Talvez ele não queira mesmo — a ruiva fala — Mas irá perceber que o país dele precisa de mim. Eu lutei minha vida inteira para ser o suficiente para Cadloe. Não vou perder anos da minha vida para alguém de tão baixo escalão — diz me olhando de cima a baixo
— Saia daqui antes que eu te empurre da sacada — Hina abre a porta — Sua queda iria ser belíssima
— Me enojo por um título tão belo quanto o de princesa é, ser dado a você — Katherine diz e Hina por um instante aparenta estar magoada — Mas como eu digo... — o resto da frase ela termina em coreano. Fico nervosa por ela está falando num idioma que não conheço, a cada palavra desconhecida pra mim a face de Hina se enfurece aos poucos
— Katherine, saia! — digo em voz alta — Você já se mostrou quem realmente é. Trabalho cumprido. Agora vai embora
Ela me olha por cima dos ombros e seus cabelos longos laranja quase bate no meu rosto
— Você não manda em nada aqui minha querida. Você só estar aqui por um engano. Um engano muito bom. Graças a mim. Deveria me agradecer por isso
— Você é nojenta — digo enojada
Ela sorri e caminha até a porta
— Ah — ela nos olha — Sobre isso. Não percam seu tempo correndo até Arthur para dizer. Ele está tão encantado com minha simpatia e inteligência que nunca acreditaria em vocês
— Duvido muito — digo
— Em todo caso... Hina, gostaria de dizer que sei o motivo dos seus pais terem a mandado para Cadloe — diz e Hina hesita quando Katherine termina de falar o que queria em Coreano — Buenas noite chicas — diz e se retira
Passo a mão por cima da penteadeira e derrubo um vaso no chão
— Como eu fui burra em acreditar nela?
— Gostaria de dizer que eu avisei — Hina diz enojada
— O que ela quis dizer sobre saber o motivo de você está aqui?
Hina mal consegue caminhar. Sua respiração está ofegante e percebo que ela soa muito
— O que houve? — a ajudo a chegar na cama e ela se senta — Precisa de algo?
Hina não responde apenas abre uma gaveta e tira dela uma caixa de remédios.
Me assusto ao vê-la pegar um monte deles e engolir de uma única vez. Nesse momento tudo o que quero fazer é encher ela de perguntas sobre isso, mas seria muito indelicado da minha parte.
Ao tomar os remédios em alguns segundos sua respiração vai voltando ao normal e ela começa a expirar. Hina fita a parede a sua frente e fica assim por um bom tempo.
Me sento no chão encostada na sua cama e acaricio o pelo curto de Arthur Júnior.
Hina está doente? O que há com ela? E a quanto tempo ela sofre com isso em silêncio?— Você não pode contar nada a ninguém — ela diz e eu confirmo — Começou muito cedo. Eu tinha uns doze anos, foi no auge da guerra da Coreia. Quando os descendentes de Wart queriam tomar a coroa de meu pai.
Pelo pouco que sei Wart era o antigo rei da Coreia.. Antes da família Jin-oun assumir o trono por votação do público. Como Hina mesmo disse. Isso não foi totalmente honesto, seus antepassados e até mesmo seus pais não foram honestos com o povo.
— Desde então eu venho tendo essas crises — ela diz quase num sussurro — E eu odeio isso
Me levanto e sento ao seu lado. Seguro suas mãos e a olho
— Você não precisava ter passado por tudo isso sozinha. E agora que sei, eu ajudarei você no que for preciso. Você não está sozinha — repito dando ênfase na frase
Ela sorri juntamente com um suspiro e balbucia um obrigado
— Meus pais não querem que eu me case com Arthur porque acham que eu posso amá-lo um dia — ela diz e então eu presto bastante atenção.
Esse assunto a fez ter uma crise, eu não iria tocar nele de novo, mas ela quis então não acho que irá fazer mais mal
— Eles querem mais poder. A Coreia não basta — ela diz e eu fico confusa.
Desde que a monarquia assumiu o governo da Coreia a anos, o país virou uma das maiores potências do mundo! Não entendo como isso não basta para alguém
— Se eu me casasse com Arthur, eu estaria me casando também com Cadloe, e é isso o que os motivou para enfim cumprir o acordo de eleição para Arthur. Só por poder, nunca pensaram na minha felicidade
— Eu sinto muito — digo baixinho e ela sorri fracamente
— Por isso a ameaça de Katherine — ela diz e então eu entendo o que a ruiva havia dito em Coreano. Ela ameaçou Hina! — Se a rainha souber do plano de meus pais, eles serão julgados por traição. E a pena é a morte. Eles não são os melhores pais do mundo, mas são os meus pais. E eu os amo. E não quero que morram
— Isso não vai acontecer — digo e a abraço quando seus olhos lacrijam
Alguém bate na porta.
Olho de relance e vejo Edwin. Ao ver Hina na situação atual ele rapidamente entra no quarto e a abraça
— O que houve? — ele segura seu rosto
— Katherine — ela choraminga — Ela sabe sobre o plano dos meus pais... E sobre nós..
Ele a abraça novamente e então eu percebo algo que nunca acreditaria que veria na minha frente. Uma real cena de amor. Edwin não precisou falar nada para que Hina se acalme em seus braços. Ele sequer se importou sobre o código de só entrar no quarto de uma dama se for convidado ou tiver a permissão dela, ele apenas colocou todas suas necessidades acima dela. E isso é admirável.
Os deixo no quarto e caminho até a biblioteca. Um lugar onde provavelmente Arthur nunca irá aparecer já que detesta os livros e claramente tudo o que eu gosto.
Para viver na realeza você tem que aprender uma dessas coisas: Abaixar a cabeça e aceitar tudo o que eles querem, ou aprender jogar sujo como eles jogam. E das duas opções eu prefiro a segunda.
Pego meu celular e ligo para Edward. Me certifico de encontrar um lugar onde não tenha câmeras apontadas para mim e então ele atende.
— Esmeralda Stacy. É um prazer receber uma ligação sua — ele diz e então eu ouço alguns barulhos de papéis sendo revirados. Provavelmente ele está bem ocupado
— Não é uma boa hora?
Ouve um instante de silêncio e então ouço a voz de Edward um tanto mais revigorante