Já haviam se passado 5 dias desde o embarque e, confesso, estava amando a experiência. O Cruzeiro é fantástico e já havíamos parado em algumas cidades para passear e fazer compras além de ter explorado boa parte do navio. Amanhã chegaríamos ao Caribe, onde ficaríamos atracados por 2 dias e eu não via a hora de conhecer as lindas praias tão bem faladas por aí. Almoçamos animadas falando sobre o que faríamos no dia seguinte e depois de comer, Klöe e Hanna foram descansar em suas cabines.
Eu não queria ficar no quarto então resolvi perambular por aí. Passei em frente de vários salões de jogos, o refeitório onde ainda havia gente comendo, a piscina, até que me deparei com uma porta de vidro no final do corredor. Na placa lia-se: "Sala de música" e olhando mais atentamente lá pra dentro, pude notar um enorme piano de cauda branco, um dos mais lindos que eu já tinha visto.
Não resisti e entrei naquela sala para admirar aquela beleza mais de perto. Me aproximei lentamente como se a qualquer momento ele fosse desaparecer e passei a mão sobre a superfície branca e lisa, sentindo o contato da madeira fria contra minha palma. Minha mão estava coçando para tocar um pouquinho, apesar de fazer pelo menos uns 3 anos que tinha parado de tocar. Me perguntei se ainda me lembrava de como se fazia e após olhar para ter certeza de que não havia ninguém ali, me sentei no banquinho repousando as mãos sobre as teclas.
Uma valsa que eu gostava muito me veio à mente e depois de respirar fundo, comecei a movimentar as mãos sobre as teclas, tocando aquela melodia que eu tanto amava. Ah, como eu senti falta disso, da paz que o som do piano me proporcionava e da sensação de relaxamento que eu sempre sentia toda vez que me sentava em um piano e passava horas tocando. Fechei os olhos e continuei, tocando com mais emoção durante o clímax da música.
Um sorriso tomou meu rosto quando cheguei nas últimas notas e foi então que abri os olhos, levando um susto ao notar que tinha plateia. Parado na frente do piano a apenas alguns metros de mim, com o mesmo sorriso gengival que eu havia presenciado algumas noites atrás, estava ninguém mais ninguém menos que o capitão, Min Yoongi.
- Aigoo, você me assustou. - exclamei, vendo-o rir e se aproximar.
- Mianhae, não foi minha intenção.
- Tá tudo bem. - sorri tímida. - Há quanto tempo você tá aí?
- Não muito tempo. Vi você tocando quando cheguei e...bom, eu não quis atrapalhar.- Coçou a nuca, sorrindo sem graça. - Você toca muito bem aliás, a quanto tempo toca piano?
- Bem, eu comecei a fazer aula aos 8 anos de idade e toco desde então. - comecei, seu olhar admirado me deixou desconcertada. - Mas tem pelo menos três anos que eu parei.
- Entendo, também faz um tempo que eu não toco. - o encaro surpresa.
- Jinjja? Você toca?
- Ne. - ele sorri novamente. - Desculpa perguntar mas como achou essa sala?
- Estava perambulando pelo navio e descobri por acaso. Não resisti quando vi esse piano tão lindo, queria ver se ainda me lembrava como fazia.
- Na verdade, essa sala é privada. Eu a fiz para poder tocar quando sentisse vontade sem ser incomodado. - me levantei na mesma hora. - Tá tudo bem, não precisa sair.
- Mas essa sala é sua não é? - me sentei novamente. -Mianhae, eu não quis invadir. Ela estava aberta e...
- Não se preocupe, não estou te expulsando. - seu sorriso gengival reapareceu, fazendo meu coração dar um salto. - Pode vir aqui tocar sempre que quiser.
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Cruzeiro de Férias - Shortfic Min Yoongi
RomanceDepois do fim de um relacionamento de 3 anos, Kim Soo Hye parte com as amigas Klöe Morris e Hanna Miller para um cruzeiro de duas semanas pelo Caribe, onde a intenção era apenas esquecer o ex e se divertir. Pelo menos era o que ela achava até conhec...