"No Dia do Seu Casamento"

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"Eu sei bem que você ama, é a mim que você chama..."

Ponny

Havia amanhecido na minha cidade, meus olhos não se pregaram durante todo o crepúsculo, não consegui cochilar por míseros minutos, minha cabeça me torturava, mas nada se comparava a o que eu estava fazendo comigo mesmo.

Aproveitei que o sol já havia nascido para ir em uma cafeteria tomar meu café, vesti rapidamente um roupa apresentável porém nada muito exagerado, apenas calça jeans, tênis e uma camisa, escovei meu dentes, lavei o rosto e sai. A cafeteria não ficava longe do meu prédio, era uma caminhada por dois quarteirões somente e como eu preferiria andar para pensar um pouco sobre a vida, isso não seria um problema.

Chegando na cafeteria. Sentei-me em uma das mesas e pedi um café amargo, estava sem fome e não tinha um pingo de vontade de comer, minha cabeça piorava a cada instante, chego a pensar que a bebedeira de ontem não me fez bem.

— Iae, cara.– Christian tocou meu ombro e se sentou na cadeira vaga a minha frente.

— Ia te desejar Bom dia, mas pelo visto o seu não está muito bom, não é? – Christopher se senta ao lado do Chris. – Ânimo!

— O que fazem aqui? – estranhei o fato de estarem acordados uma hora dessas, fora que eles deveriam estar em seu "compromisso".

— Tivemos que levar Maite e Dulce no salão para se arrumarem pro casamento. – Chris responde enquanto revira os olhos e da um gole no seu café. – na verdade vamos para a casa do Velasco.

— Anahí exige que tenhamos uma comemoração com o noivo.

— Vai ter cerveja, para mim está ótimo – respondeu dando de ombros.

Anahí se casaria hoje com o homem no qual eu a motivei a correr atrás. Está com ele a um tempo, mas tínhamos nosso lance escondido, pelo menos duas vezes na semana ela dava um jeito de nos encontrarmos. Velasco era o homem certo para ela, vivia ao seu lado, poderia lhe dar um ótimo futuro e seria um bom marido, ele a amava muito, planejava algo com ela e poderia dar a ela o que merece, comigo era o oposto, sou aquele tipo que da amor quando necessário, gosto de algo mais perigoso, proibido, Anahí necessita de um homem no qual possa fazer tudo que eu não conseguiria, mesmo a amando não poderia lhe dar o que merece.

— Aproveitem o casamento. – digo sinceramente a eles. – façam com que a festa seja animada do jeito que ela tanto sonhou.

— Eu só estou nessa pois a tenho como uma irmã, mas não nego que prefiro você com ela. – O loiro disse.

— Vai mesmo deixar ela se casar com ele? Sabe que ela não o ama.

— Eu não posso dar algo bom para ela. – respondo. – Eu não posso realizar todos os sonhos que ela tem.

— Se a amar de verdade vai ser o suficiente.

— Quero que ela seja feliz,meu amigo.

— Isso não vai convencer a gente, você nao se convenceu quem dirá nos. – Christopher se levanta. – Vamos indo que faltam quatro horas para a cerimônia. – olha o relógio. – ainda vou cortar o cabelo.

— Bom proveito rapazes.

Não despedimos e eles seguiram para o casamento.

Não vou ser hipócrita, seu casamento era o motivo de ter insônia, eu a amo mas não tenho condições de dar uma vida boa a ela, uma mulher acostumada com filé mignon não vai querer acem, não vou poder realizar o seu sonho de abrir uma loja e ter uma marca, Velasco pode, sem contar que seus pais não me aceitaria.

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