Encontro as Escondidas

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Cristian desapareceu em meio a escuridão do bosque. Angeliny voltou para casa, imaginando que seus pais estariam lhe esperando, para repreender ela pela forma como tratou Alexander.

No entanto, o que Angeliny não sabia era que Alexander antes de ir embora falou com o Conde, para que o mesmo não fosse severo com sua filha, pois, Alexander entendia perfeitamente as razões dela ter agido de tal maneira.
E tendo dito isso ele conquistou de vez a confiança dos pais da moça.

Ao passar pela sala os pais dela a olha com ternura, mas não dizem uma única palavra.
Angeliny sobe para seu quarto e ao se deitar, ela se entrega ao pranto. Sua mãe entra no quarto e se senta no canto da cama.

— filha, vosmicê está bem?

— não. — ela responde tentando conter seu choro.

A mãe dela a puxa com carinho, fazendo com que Angeliny deite sua cabeça no colo dela, e massageando seus cabelos, ela fala:

— sei que está sendo difícil minha filha, mas acredite em mim, isso vai passar.

— como sabe? — ela pergunta com a voz embargada pelo choro.

— porque sou mulher, e assim como vosmicê, eu não tive o direito da escolha. Eu pertencia a uma família pobre eles agradeceram quando seu pai se interessou por mim. E seu pai deu uma generosa contia por mim.

— é diferente mãe — falou chorando.

— porquê? É porque vosmicê ama outra pessoa, pois saiba que eu também amava, mas tive que lo deixa para trás. Vosmicê tem sorte que seu pretendente tenha a mesma idade que tu, e ele e bem bonito. Seu pai era um pouco mais velho do que eu e não muito agradável — ela fala sorrindo — no início foi difícil conviver com ele, mas com o passar do tempo ficou mais fácil, eu aprendi a gostar do seu pai e ele me deu vosmicê, a coisa que mais amo no mundo, de uma oportunidade a seu noivo quem sabe não acaba gostando dele.

Angeliny chorou ainda mais.

— pode chorar filha, eu melhor do que qualquer pessoa te entendo.

— pode ficar comigo, mãe? — ela pergunta entre soluços.

— mas é claro, filha.

Helena se deita ao lado de Angeliny, e abraçando sua filha, ela começa a cantarolar uma canção de ninar, que ela costumava cantar quando Angeliny era criança.

— quando a noite chegar e o frio querer te incomodar, saiba que eu não deixarei, pois, estarei lá… tu es minha menina e para sempre vou te amar meu pequeno anjo durma e vá sonhar…

A voz doce de Helena acalmou o desespero da filha, que desde muito tempo não se sentia tão amada e segura.

Angeliny desejou poder voltar a se criança, quando não sabia o que era amor e não sofria por ele.

Felizmente essa noite ela estaria livre dos pensamentos, pois, ela escolheu se prender na letra da canção que sua mãe cantava. Aproveitando as lembranças boas que isso trazia para si. Nessa noite no aconchego dos braços maternos ela sentiu que estava segura.

[…]

A manhã era fria, e apesar da claridade não se via os raios do sol, pois, as nuvens escondia o astro.

Angeliny ainda estava deitada sem ânimo para se por de pé. Sua mãe e sua ama já haviam ido chama-la várias vezes naquela manhã. Mas ela se recusava a sair. Ainda mais sabendo que Alexander iria lá buscar o dote para dar início aos preparativos do odioso casamento.

Só por pesar nisso Angeliny já começava a maldizer o dia. Isso até uma certa águia vir voando e pousar em sua janela.

Angeliny se pôs de pé rapidamente e se aproximou do pássaro.

— Caillat o que fez aqui? — ela questiona a ave, como se a mesma pudesse responder.

O animal apenas grasna para ela e voa em direção ao bosque. Angeliny entendendo o que isso queria dizer. Ela sorri e vibra de alegria.

Ao descer as escadas ela se depara com seus pais e sua ama.

— filha, decidiu levantar-se? — a mãe dela pergunta.

— sim. Irei dar uma volta no Jardim, se não se importarem. — ela fala tentando parecer insatisfeita.

— pode ir. — o pai dela fala — no entanto, não se demore, pois, seu noivo está para chegar.

Angeliny tentando manter a calma responde:

— como desejar, pai.

Ao passar pela porta ela corre em direção ao bosque, ao chegar na entrada ela vê Caillat que alça voo por entre as árvores, Angeliny o segue até chegar a uma pequena clareira.

Cristian saieo detrás de uma das árvores e Caillat estava sobre seu ombro, Angeliny sorriu abertamente ao vê-lo, ele estava lindo seus cabelos loiros estavam soltos e chegavam na altura de seus ombos

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Cristian saieo detrás de uma das árvores e Caillat estava sobre seu ombro, Angeliny sorriu abertamente ao vê-lo, ele estava lindo seus cabelos loiros estavam soltos e chegavam na altura de seus ombos.

Ele olha para a ave em seu ombro e fala:

— vigie para mim Caillat.

O familiar dele obedece e alça voo. Cristian olha para Angeliny que não espera ele começar um diálogo. Ela corre e se lança em seus braços tomando os lábios dele em seguida.

Cristian a enlaça pela cintura enquanto sua outra mão lhe segura os pequenos fios de cabelo na nuca. Ele dá leves puxões nos mesmo é Angeliny libera um gemido abafado pelos lábios do dele. O que não o impediu de ouvi-los e começar a desejar toma-la para si ali mesmo.

Mas antes que ele perdesse a razão Angeliny se afasta lentamente e sorrindo envergonhada, fala:

— perdão meu amado, sei que não deveria tê-lo abordado assim.

— não deveria mesmo. — ele sorri e tentando acalmar seu ânimo agitado pelo beijo. Concluí. — entretanto não reclamarei se quiseres fazer assim mais vezes.

Ambos riram.

— o que faz aqui Cristian? — Angeliny pergunta sorrindo.

— vim ver te. Não gostou de minha visita? — ele abre os braços se a mostrando.

Angeliny sorri e desviando o olhar por alguns instantes responde:

— não é isso senhor pomposo.

Cristian sorri e entrando na brincadeira, fala:

— vou lhe mostrar o quão pomposo sou!

Ele corre atrás dela pela clareira enquanto Angeliny pula entre as árvores.

— es uma lembre? — ele pergunta sorrindo — pare de pular mulher.

— es muito lento! — ele fala correndo e dando a volta por trás da árvore.

— estas a troçar de mim? — ele finge estar ofendido.

Angeliny se descuida e tropeça em uma raiz, contudo antes dela tocar o chão Cristian a segura em seus braços e fitando seus olhos, ele toca a ponta do nariz dela, e fala:

— peguei vosmicê, pequena lebre.

Ao endireita-la, ele a beija e ambos se sentam no chão da clareira onde nem percebem o tempo passar.

A Magia Que nos une II ( A História Não Contada )Onde histórias criam vida. Descubra agora