dor latente

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oi, aqui é a mel e eu tô muuuito animada por estar postando a fic e alimentando a yoonkook nation br 🥺🙏 eu e a jinjupiter escrevemos ela juntinhas, tem 4caps e tá cheia do jungkook dando gay panic e tá linda, então votem, é isso bjs

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Jungkook estava nervoso.

Na verdade, nervoso era eufemismo e não chegava nem perto do que o rapaz sentia; Suas mãos tremiam, o estômago gelava e girava e as bochechas doíam porque ele simplesmente não conseguia parar de soltar risadinhas enquanto caminhava sob o Sol escaldante de Busan.

Não acreditava que, depois de muita insistência e suborno, os amigos haviam o convencido a fazer aquela loucura. Claro que piercings eram mais que comuns nos dias atuais, principalmente na sua idade, mas Jeon Jungkook odiava dor e achava que nunca se submeteria a agulhas e qualquer outro objeto cortante de forma voluntária, sabe? Contudo, era dia dois de janeiro de dois mil e dezenove e ele estava caminhando até o estúdio aonde seus amigos trabalhavam, muito perto de gritar de ansiedade no meio da rua mesmo.

— Tava começando a achar que tu tinha desistido, cara — foi a primeira coisa que Jungkook ouviu ao entrar no estúdio de tatuagens e piercings, também conhecida como Intoxiqué.

— Como se eu tivesse escolha, hyung — revirou os olhos ao que se aproximava de Hoseok, sentado na sua cadeira acolchoada atrás do balcão da recepção. Ele estava com a testa amostra, os fios negros partidos ao meio e os olhos baixos como se acabado de acordar de uma longa soneca. Se aquela não fosse uma característica usual do Jung, Jungkook teria estranhado, mas, como já era acostumado a ver o amigo chapado, apenas descansou os braços no vidro do balcão e olhou em volta.

As paredes da sala de recepção que os envolviam eram negras e quase aconchegantes — se não estivesse indo ali justamente para furar uma parte de seu corpo — em cima do sofá branco, pôde ter o vislumbre de alguns quadros; as tatuagens confeccionadas e feitas pelas próprias mãos habilidosas e majestosas de Namjoon que, com sutileza, deixava sua marca em cada traço feito, estes sendo quase todos pretos ou avermelhados, como o dragão de orbes flamejantes no mais alto canto do recinto.

Se perguntou onde estavam os tatuadores do local, porém, antes que pudesse verbalizar sua dúvida, Kim Taehyung surgiu nos fundos, saindo de uma das salas e andando em sua direção tranquilamente. A blusa de botões e mangas curtas permitia que ele exibisse os braços permeados de tatuagens em traços de diversas tonalidades, cobertos em sua maioria pela arte do namorado.

— Achei que íamos ter que buscar você — zombou, repuxando os lábios em um sorriso engraçadinho e fazendo a joia presa no inferior se mexer.

O Jeon bufou, o nervosismo e a euforia adormecidos em seu peito.

— Eu só me atrasei um pouco... — Taehyung apoiou-se no balcão e começou a rodar o anel que usava no dedo anelar, despreocupado. — Aliás, cadê o Nam?

— Na sala, falando com o novo body piercer.

— Ah, é? — e soltou um risinho nervoso com os olhos quase amendoados de Kim sobre si que, talvez, mas só talvez, jurasse que o rapaz iria amarelar no último momento.

— Pois é. — olhou de lado para Hobi, o sorriso ladino ainda enfeitando os lábios. — Tá preparado pra furar esse mamilo aí, Jungkook?

E o dito cujo fechou rapidamente os olhos e respirou fundo, apenas acenando com a cabeça para tentar passar que sim, estava pronto. E não estava, nem um pouquinho.

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