John é um Marine muito respeitado pelo seu excelente trabalho. É um homem reservado que não mostra sentimentos até encontrar Ellie num bar depois de uma vitória. Para não perder a sua oportunidade, John faz de tudo para a conquistar, mesmo que a sua...
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ALFREDBARTON
Muitos sonham em ter uma casa de sonho, ter um carro deslumbrante, ter seguidores nas redes sociais e milhões na conta bancária. Eu não era exceção, até ao dia 23 de Maio de 2012.
Sou o Alfred Barton. Tenho 31 anos e sou Primeiro-Tenente militar. Sou de uma família estável. Tenho duas irmãs mais novas. Não as vejo desde que foram morar com o meu pai para o Canadá. Os meus divorciaram-se pouco tempo depois de eu entrar na vida militar. Fiquei a viver com a minha mãe devido ao quartel ser muito perto de minha casa.
A minha mãe sempre teve problemas com o alcóol mas desde que o meu pai se foi embora que o vício se agravou. Apesar de não gostar dessa vida, eu amava muito a minha mãe porque nunca deixou que nada me faltasse na mesa.
No dia 23 de Maio de 2012 casei os meus anos. Fiz os meus esperados 23 anos. Nesse dia a minha mãe prometeu estar sóbria e fazer-me um bolo de aniversário. Bolo aquele que só as mães sabem fazer.
Porém a morte espera sempre para poder atacar. O tubo do gás soltou da vasilha. A minha mãe não deu conta e acendeu o isqueiro para fumar um dos seus cigarros à janela da cozinha. Nem uma parede ficou de pé...
Estava a ter uma formação no quartel quando recebi mil e um telefonemas. Uns números desconhecidos, outros dos meus vizinhos. Saí da formação já com lágrimas a escorrer pela face abaixo porque apesar de não saber o que se estava a passar, eu sabia que se tinha passado alguma coisa com a minha mãe.
Tivemos a certeza que era o corpo da minha mãe devido a umas análises ao cabelo dela. O quartel militar ofereceu-me estadia durante meio ano até eu encontrar um lugar para mim.
Eles sempre foram impecáveis mas eu queria encontrar uma casa para mim o mais rápido possível. Eles também me forneceram ajuda psicológica. Percebi então que fazer missões seria o ponto certo para eu me poder focar em tudo menos na perda da minha mãe. Era ela que tinha medo desta minha vida mas nunca me pediu para desistir dela.
Lembro-me de ela chorar sempre que me via fardado.
"És o meu maior orgulho!" dizia ela sempre com as lágrimas nos olhos.
Dois anos depois (tinha eu 25 anos) apaixonei-me pela Cecilia. Morena de olhos verdes. namorámos um ano e ela descobriu estar grávida de gémeos. Casámos antes dos bebés nascerem e foi a partir daí que tudo mudou. Fiquei sem paciência. Precisava de sair constantemente de casa. Precisava de mudar de hábitos, de tempo para mim.
Claramente que ela se cansou e meio ano depois pediu o divórcio. Na altura não me arrependi mas hoje penso demais no assunto e sei o quão estúpido fui. Perdi o crescimento dos meus filhos. Eles acham que sou um amigo de longa data da mãe deles. Eu espero um dia poder estar com eles e dizer-lhes que realmente sou o pai deles.
Sempre tive uma boa educação e adoro cultura. Vi nos livros um refúgio. Lá posso imaginar tudo o que eu quiser e fugir à minha realidade. Para onde quer que eu vá levo sempre um livro comigo e talvez essa seja a minha imagem de marca perante os meus colegas.
Dados externos:
[23 de Maio de 1989] - data de nascimento da personagem
