Capítulo 94

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RAFAELLA

Terminamos o jantar entre conversas e risos bobos. Era sempre assim, Gizelly me fazia sair do chão, sair do mundo e ir para um mundinho só nosso. Eu amo passar tempos assim com ela, melhor que isso só quando nossos filhos estão conosco. Por fim, eu já estava com meu cotovelo sobre a mesa apoiando meu queixo em minha mão. Escutava tudo que ela dizia, sem pressa alguma de sairmos dali. Meu olhar de apaixonada não negava e nem enganava.

- Em vida? Vamos?- Gizelly me tira dos meus pensamentos

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- Em vida? Vamos?- Gizelly me tira dos meus pensamentos.

- Oi amor. Onde?- Pisco os olhos rápido fazendo-a rir.

- Não prestou atenção em nada do que eu disse?- Pergunta e nego com a cabeça rindo. - Falei aquilo tudo atoa, Rafa?! Você não prestou atenção em nada.-

- Quem disse? Eu prestei atenção sim.-

- Em que?-

- Em você! Em como você é linda, em como me faz bem, em como eu sou sortuda em tê-la... Essas coisas.- Digo e vejo seus lábios se curvar em um sorriso. - E esse sorriso que me tira do sério.- A última frase a faz rir ainda mais. - Então? Onde vamos?-

- Você tem o poder de me dobrar direitinho né?! Nem sei mais porque eu estava brava.- Diz e eu solto uma risada nasal. - Vamos sentar ali pra terminar esse vinho?!-

Fomos em direção a rede e nos sentamos com as taças na mão. Optamos por não beber muito, pois viajariamos cedo. Gizelly senta e abre espaço para que eu me sente entre suas pernas. Sentei me escorando em seu peito, tirando meus cabelos do caminho. Logo senti seu braço envolvendo minha cintura e imediatamente relaxei-me mais.

- Amanhã, tudo de novo.- Suspira pesado.

- Falta o que, meu bem?- Pergunto acariciando sua perna.

- O caseiro sumido, que não ta mais sumido.- Diz levando a taça até a boca.

- E o que está te agoniado?-

- Vou conversar com ele na sexta-feira.- Suspira mais uma vez. - Preocupada dele exitar em depor.-

- Não recolheram o depoimento dele ainda?- Pergunto bebericando minha taça.

- Ainda não. Ele sumiu logo depois que me procurou, esqueceu? Fui eu quem levou a versão dele até a polícia.- Diz finalizando a taça e logo enchendo novamente.

- O delegado te ajudou bastante né?!- Estendo minha taça.

- Sim, bastante. Se não fosse ele lá em São Paulo, eu não teria nem conseguido ir até a fazenda.-

- Como vai fazer? Já avisou ele que o caseiro apareceu?- Pergunto dando meu último gole.

- Sim. Quando eu for lá onde ele está, vou torcendo para que ele volte comigo para depor.- Diz colocando a taça de lado, pegando a minha e pondo de lado também.

- Já sabe o que fazer, se não conseguir?- Pergunto virando meu tronco para encara-la.

- Por isso quero que o delegado vá comigo.- Responde me puxando para mais perto. - Agora vamos esquecer esse assunto e vamos para o que interessa?-

- Hum, e o que te interessa?- Pergunto provocando-a chegando perto de sua boca.

- O beijo que sua mãe mandou por você.-

- Nossa, mas que cobradora mais ágil. Não esperou nem vencer.- Digo selando nossos lábios.

- Ainda vai pagar com juros.- Diz entre o beijo me fazendo rir.

Gizelly aprofundou mais o beijo e eu não fiz questão de brigar pelo poder. Deixei que sua língua me guiasse. Suas mãos que outrora segurava minha cintura com firmeza, vai em direção em minha nuca e puxa meus cabelos de leve. Prende meus lábios entre seus dentes e puxa lentamente. Nossos olhares se encontra no curto espaço de tempo antes de voltarmos com os beijos novamente. Meus dedos apertam o tecido de sua roupa em reação, na tentativa de aliviar toda tensão do meu corpo. Quando Gizelly desce os beijos em meu pescoço, fecho meus olhos por alguns segundos sentindo a sensação maravilhosa de seus lábios em minha pele antes de interrompe-la.

- Baby, é melhor parar.- Digo com minha respiração desregulada. Ouço um resmungo abafado mas não consigo entender e isso me faz soltar uma risada nasal. - Não da pra fazer nada aqui. As crianças estão lá dentro.- Digo e ela para o que estava fazendo jogando a cabeça para trás, pegando fôlego.

- Vou lá tomar um banho pra gente deitar.- Diz assim que pega o ar de volta, forçando se levantar mas eu forço meu corpo para baixo prendendo-a contra o sofá.

- Ei? - Chamo sua atenção e ela me encara. - Vai valer a pena, a espera.- No mesmo estante que digo, um sorriso aparece em seu rosto.

Gizelly faz mesão outra vez em se levantar e eu forço seu corpo novamente. - Que foi, vida?-

- Dá beijo!- Vem em direção ao meus lábios e eu me esquivo para trás.
- Direito!- Peço e ela rir.

O beijo de carinho e ternura, sem perigo algum. Assim como ela, eu também queria mais. Mas as circunstâncias nos impedia e não era incomodo algum. Temos a vida toda para aproveitarmos uma a outra do jeito que quiséssemos.

***

Na manhã seguinte, levantamos e arrumamos as coisas para embarcarmos de volta para casa. Devolvemos o carro para o rapaz no mesmo lugar onde pegamos e seguimos para o salão de embarque, uma vez que nosso vôo já fora anunciado e quase perdemos ele. Aproveitamos que os pequenos cochilaram no avião e embarcamos nessa também. Não demorou muito para que já estivéssemos em solo carioca. Fizemos os procedimentos e fomos em direção ao estacionamento atrás do nosso carro.

Eu só queria chegar em casa e hibernar mais um pouco. Sem pensar em almoço nem nada. A viajem, por mais rápida que seja, foi cansativa demais. Mas eu não me arrependo de nadinha. Vou para qualquer lugar do mundo com essas três pessoas mais importantes da minha vida toda.

Felizes Para Sempre ?¿ (GIRAFA)Onde histórias criam vida. Descubra agora