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o    p a d r i n h o    l o u c o

Dumbledore não pareceu nem um pouco surpreso com a inocência de Sirius, o que apenas serviu para confirmar as suspeitas de Draco. Ele não disse nada, já que ninguém parece ter chegado às mesmas conclusões que ele, e não queria que a visão que Harry tinha do diretor fosse esmagada dessa forma.

Dizer que Snape estava irritado era pouco. Ele mal falou com Draco depois que retiraram o feitiço paralisante, mas o menino não estava surpreso. Esperava que o homem superasse isso logo, mas sabia que Sev podia ser a pessoa mais rancorosa que já caminhou na Terra quando queria.

Harry estava nas nuvens. Depois que Sirius acordou, um dia depois da confusão na lua cheia, o menino passava todos os momentos que podia na enfermaria. Lupin havia voltado e foi curado de alguns cortes por Madame Pomfrey. Depois que Pansy e Hermione uivaram para atrair o lobisomem para a floresta - e ainda foram salvas do mesmo por Bicuço, que não tinha deixado a área - ele havia passado horas perdido antes de retornar no dia seguinte.

Draco ocasionalmente ia visitar seu primo com Harry, e descobriu que realmente gostava do homem. Sim, ele havia sido um babaca com Sev quando era adolescente, mas Draco havia feito muitas coisas ruins também. As pessoas mudam e evoluem.

O que deixou todos vívidos - principalmente Sirius, que teve que ser contido fisicamente - foi quando Snape revelou para toda a escola sobre a licantropia de Remus. Depois disso, Draco até ficou um pouco feliz que seu padrinho o estava ignorando. Teria falado umas coisas muito desagradáveis se ficasse sozinho com o homem.

A ideia de morar com Sirius parece deixar Harry com um sorriso permanente no rosto. Era adorável como Sirius e o menino haviam estabelecido uma relação tão boa em apenas alguns dias. Black parecia dez anos mais novo quando estava com seu afilhado.

Mas, claro, Dumbledore tinha que estragar tudo.

"Desculpe, Sirius, mas Harry precisa ficar com sua família." O diretor diz no dia que Sirius seria liberado da enfermaria. Lupin, Draco, Sirius e Harry estavam prestes a sair quando receberam uma visita do velho. "É essencial para a proteção dele."

"Besteira!" A voz de Sirius troveja, seu rosto distorcido em uma expressão irritada. "Eu vou estar lá, e Remus vai também. Ele vai estar protegido o suficiente."

"Eu quero ir, Professor!" Harry declara. Draco iria matar Dumbledore se o velho destruísse todas as esperanças de seu amigo de ter uma família de verdade com seu padrinho. De verdade, ele estava considerando o Avada Kedavra.

"Sinto muito, Harry, é importante que você veja sua família. Existe uma magia que o protege, sabe, ligada ao seu sangue. Precisa vê-los no verão." Dumbledore declara.

"Harry pode passar alguns dias com os Dursleys e depois ficar em 12 Grimmauld Place." Remus sugere, sua expressão neutra, mas sua postura dizia que ele também não estava muito feliz com Dumbledore.

"Um dia." Sirius rosna, irritado. "Harry vai ficar um dia com os tios, depois vou buscá-lo. Um dia, Albus."

Dumbledore não parecia nada feliz, mas deve notar pela expressão das pessoas presentes que não iria ganhar essa discussão, então apenas assente.

"Vocês dois estarão ficando em Grimmauld?" O diretor questiona, se referindo à Remus e Sirius. Lupin assente.

"Não é como se eu tivesse um lugar fixo para ficar, e Sirius ofereceu. Além disso, vai precisar de ajuda para arrumar aquele lugar." Lupin declara. "Isso me lembra, Dumbledore... Eu me demito."

"Você o quê?" Sirius exclama, olhando para seu amigo surpreso. "Moony, se isso é sobre Snivellus, eu juro que vou..." Draco rola os olhos com o apelido de seu padrinho, mas decide não falar nada.

Draco Black e o Prisioneiro de AzkabanOnde histórias criam vida. Descubra agora