Capítulo 13

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Na sala de estar aconchegante, Mary olhava pela janela, o furioso temporal. Descontente, ela bufou, silenciosamente, enquanto abaixava o leve pano da cortinha branca, delicada.

Já passavam das oito horas da noite, com a incessante chuva com fortes relâmpagos.

A tv estava ligada no noticiário, informando:

- Espera-se que chuvas fortes desabem sobre a parte norte da costa leste hoje. Greendale continuará recebendo as tempestades mais furiosas, entre cento e trinta e cento e oitenta milímetros adicionais até a meia-noite. Esse temporal veio para ficar, amigos. Fiquem em casa!

- Você gostou da torta de maçã, querida? - perguntou Hilda, tricotando na deslumbrante poltrona macia, usando seu cardigã sobre um vestido florido.

Mary sorriu, voltando a sentar na outra poltrona perto dela.

- Uma delícia, Hilda! - respondeu ela, com grande deleite.

Sem alternativa nenhuma, a morena tinha ficado por insistência de Sabrina e Hilda, o que a levou até ao jantar em família, entre as três mulheres. Cerberus ficara preso na livraria.

No momento, Zelda estava em seu aposento, como sempre fazia, depois daquela refeição.

- Espero não estar sendo um incômodo. - murmurou Mary, para Hilda.
- De jeito nenhum! - assegurou Sabrina, com firmeza do sofá. - Fique muito à vontade, srta. Wardwell.

A visita sorriu para ela.

- Obrigada. - agradeceu timidamente.
- É isto. - disse a outra loira, soltando um risinho.

Sabrina ficou avaliando Mary por alguns segundos.

- Srta. Wardwell?
- Sim?
- Gostaria de convida-la para o meu aniversário.
- Convidar quem?

Indagou Zelda, sendo iluminada pelo rápido flash do trovão, quando penetrou no cômodo. Mary olhou pasma para a linda figura vestida com uma túnica quimono de seda, com flores de cerejeira.

- A srta. Wardwell. - repetiu Sabrina, simplesmente. - Se ela quiser, é claro. Mas eu ficaria muito honrada.

Mary relaxou o músculo do rosto, e o virou para a jovem, com agrado.

- O prazer será meu, srta. Spellman.
- Sabrina - cortou Zelda, com braços cruzados no peito, olhando-a severamente. - não está na hora de fazer sua lição, mocinha?
- Sim, tia Zee... - devolveu ela, com ar preguiçoso, levantando do móvel. - Te vejo no sábado, srta. Wardwell.

Mary piscou, ela sorriu, em seguida despediu-se das tias dando um beijo em seus bochechas, e saiu.

A morena consultou pela centésima vez o seu relógio de pulso, balançando os pés inquietos.

- Algo de errado, srta. Wardwell? - questionou Zelda, ao passo que sentava elegantemente no sofá.

A outra repórter hesitou, por um instante, passando a mão nos cabelos soltos ondulados, então depois, respondeu:

- Para falar a verdade. Sim.
- Oh - espantou-se Hilda, preocupada, parando suas mãos ágeis. - Qual o problema, minha querida?
- Preciso redigir a minha matéria, e entrega-la para o jornal, ainda hoje.
- Ah... - sibilou a loira, vacilante. - O que podemos fazer por você?
- Não seja boba, Hilda. - disse Zelda, sem paciência, colocando um braço no encosto do sofá, percebendo que a irmã não tinha entendido. - Ela precisa de um meio para isto. Obviamente.

A morena balançou, positivamente, a cabeça.

- Se não for passar muito dos meus limites, srta. Spellman - falou ela, olhando diretamente pra Zelda. - , poderia emprestar-me seu notebook?

Collision With LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora