julia

[☁] feita de poeira estelar e pedacinhos de algodão doce, nascida no começo século XXI, aspirante à poetisa, corrompida pelo desejo de escrever mas nunca dizer. dias frios são como paz em meio a guerra. café com leite prova que a simplicidade é bela. Deus no coração. laço no cabelo. um poço de insegurança. não tem facilidade em compreender os seres humanos mas questiona sua forte conexão com os felinos. é apaixonada pela arte e isso inclui (ele), na mesma proporção em que ama crianças e o facto de no fundo ainda ser uma. do tipo que preza pela pureza que possui, mas que quando sai desenha no guardapo o rosto do garçom bonito que nem a viu passar. mora nos detalhes e ainda pode detalhar traços de amigos de infância. não flui sob pressão. não age sem pensar. não vai se não pedirem e nem fica se não quer ficar. mãos sempre sujas de tinta amarela, coração tingido de todas as cores e amores. ela chora até com filmes de ação e ri de si mesma enquanto o faz. sempre que lê seus sentimentos chora e escreve sempre quando quer chorar. acha que tudo se resolve sentada no seu gramado dedilhando um violão e avistando os pássaros cantarolar. quer estar em casa antes do pôr do sol para ver o espetáculo da janela do seu quarto. diz que está bem mesmo quando não está. se alguém cair do seu lado, olhe bem, pode ser ela. ela que está sempre em guerra consigo mesma, perdida entre o real e imaginário e vivendo um dia de cada vez tentando ser alguém melhor e um pouco menos desajeitada. [☁]                                     

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