Imagines: Jogos de Herança

Grayson Hawthorne - I will always protect you

Eu vou sempre te proteger, era o que Grayson tinha me dito anos atrás. Mas isso... nós... não pode acontecer. Ele estava certo, não podia acontecer, eu não queria ser o motivo de mais uma tragédia entre os Hawthorne, não queria ser apenas mais uma peça no quebra cabeça deles, e é por isso, que no exato momento que essa frase foi dita por ele eu saí da cidade. 

Não é como se minha ausência tivesse feito muita diferença, afinal, a Herdeira era minha irmã, Avery, não eu. Ainda assim, aqui estava Grayson, na cafeteria onde eu estava trabalhando em Nova York, não fazendo esforço nenhum para esconder seu olhar atento a tudo ao seu redor, ou melhor, a todos. 

Observei enquanto a colega de trabalho a qual tinha pedido para atender ele, vinha em minha direção atordoada. Ela parecia nervosa quando disse: 

— Ele disse que quer ser atendido por você S/n! — suspirei profundamente, logo virando meu olhar para o gerente, ele parecia a ponto de me xingar pela falta de profissionalismo. 

— Tá bom, eu vou atende-lo. — falei caminhando até a mesa em que Grayson estava, a expressão dele enquanto eu me aproximava era ilegível, mas pude perceber um olhar diferente em seus olhos, não sabia distinguir se era mágoa ou contentamento, mas claramente não era indiferença.

Quando cheguei na mesa do mais velho minha expressão estava fria, peguei meu bloco de notas e uma caneta e o abri. Repousei a caneta no papel, olhando rapidamente para ele e percebendo um leve e quase imperceptível sorriso em seus lábios, então voltei minha atenção de volta para o bloco de notas, dizendo: 

— O que deseja? — Grayson suspirou, claramente tinha conhecimento de que eu iria ser formal, visto que sabia me ler melhor do que ninguém, mas não parecia estar confortável com a situação. 

— Uma conversa. — ele respondeu diretamente e friamente, me olhando nos olhos.

— Não temos essa opção no cardápio. — afirmei um pouco menos fria e um sorriso leve e irônico apareceu nos lábios dele. 

— Ah é? Por que eu acabei de falar com o gerente e ele me permitiu roubar uma de suas atendentes para uma conversa. Então a não ser que queira que eu fale com ele para tratar de outros assuntos sobre essa mesma funcionária é melhor se sentar.

— Está me ameaçando? 

— Estou alertando, você sabe que eu não faria nada para te prejudicar. — Grayson respondeu calmamente. 

— Por isso sei que não vai fazer o que acabou de dizer. — o Hawthorne não respondeu nada, ele sabia que eu iria acabar cedendo uma hora ou outra, eu suspirei enquanto me sentava de frente para ele — Você tem cinco minutos. 

— Por que fugiu? 

— Porque eu não queria vocês por perto. — ele me observou em silêncio por alguns momentos, parecia estar tentando criar coragem para dizer algo. 

— Desculpe. — falou finalmente. 

— Tudo bem, foi o melhor. 

— Não, não foi, não tinha por que te manter afastada, eu sabia que Jameson só te via como mais um enigma a ser resolvido, devia ter te mantido por perto até que a obsessão dele passasse e então... — eu o interrompi. 

— Não é o que eu era para todos vocês? Um enigma a ser resolvido, uma parte do quebra cabeça, aquela que não era mencionada no testamento, mas na carta da Avery. 

— Não para mim, para mim você era mais do que um enigma, muito mais. 

— O que eu era Grayson? — ele permaneceu em silêncio — Viu? Você nem sabe o que eu significava para você. 

— Você era tudo S/n, você significa tudo para mim, por isso estou aqui. 

Por o que pareceram minutos eu senti como se meu coração estivesse a mil por hora. Tentei falar algo, mas as palavras não saiam da minha boca. Então eu apenas tentei controlar o sorriso que estava tentando se instalar em meus lábios. 

— Vem, vamos sair daqui. — Grayson disse com um aceno de cabeça para o gerente enquanto oferecia sua mão para mim. 

Peguei na mão dele e o segui até uma praça perto da cafeteria, ele apenas sorriu de leve e colocou uma mexa de cabelo minha para trás de minha orelha, logo me puxando mais para perto. 

— Você não precisa dizer nada se não quiser. — ele afirmou gentilmente — mas eu adoraria que fizesse isso. 

— Obrigada, obrigada por ter vindo atrás de mim. 

— Eu sempre vou te proteger, mesmo que seja apenas de você mesma, ou de mim, mesmo que eu tenha que pegar um voo para Nova York. — ele afirmou e eu ri de leve. 

Grayson não demorou muito a selar nossos lábios em um beijo doce e calmo, suas mãos em minha cintura e as minhas acariciando seus cabelos. O momento era mágico. E por um instante, nada parecia mais certo do que isso, do que nós. 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

# Oi gente, tudo bem com vocês? Queria avisar que vou tentar estar mais ativa aqui nas minhas histórias, mas tá sendo meio difícil de fazer isso por conta de umas questões pessoais. Ainda assim, sempre que puder vou trazer capítulos novos para vocês. Não se esqueçam de votar e comentar, isso sempre me motiva a escrever mais para vocês, é isso, até mais.