Jeff e sua prisioneira

Hipótese. C.24

DIAS DEPOIS

Acordo e quando levanto da cama sinto uma tonteira, sento novamente e fecho os meus olhos e respiro fundo até passar.
Vou até a cozinha e bebo um pouco de água.
Deve ser que levantei rápido demais da cama.

Durante esses dias Gabriel veio em quase todos eles, conversamos sobre alguns assuntos, ele me contou sobre a sua vida, e eu a minha. Fazia tanto tempo que eu não conversava sobre coisas aleatórias com alguém, Jeff não gosta de conversar muito, só o básico, o necessário, raramente ele se abre comigo sobre a sua vida passada e a sua família; vejo Gabriel se aproximando, ele me dá um abraço e eu retribuo.

-  Está tudo bem Maya?

- Está sim, tive uma tontura meio esquisita hoje, mas já passou.

- Você contou a Jeff?

- Não, deve ser minha pressão que baixou, coisa boba.

                                  ................

Depois de conversar com Gabriel ele foi embora e eu voltei para a casa, tomei um banho e fui para a cozinha preparar o jantar.

MINUTOS DEPOIS

Jeff entra em casa e tento fingir o máximo de tranquilidade perto dele, não sou boa quanto a ele.
Ele pisca para mim e entra para o seu quarto tomar banho.

Termino de fazer o jantar e vejo Jeff se aproximando por trás.

- Aconteceu algo? Estou sentindo seu nervosismo daqui.

Sinto um frio na barriga e na hora me vem Gabriel na cabeça.
Me viro para ele.

- Não aconteceu nada não.

- Tem certeza? -Jeff me analisa.

Jeff tem um efeito tão grande de intimar as pessoas que quase falei sobre Gabriel pra ele.

Desvio de seus olhos e vou pegar os pratos.
Jantamos, e quando levanto da cadeira sinto aquela mesma tontura que senti hoje de manhã.

Sinto as mãos de Jeff em mim.

- Maya?

- Apenas uma tonteira boba, já estou melhorando.

Abro os meus olhos e respiro fundo.
Jeff me senta na cadeira.

- Deve ser a minha pressão que baixou.

Jeff não tira os seus olhos de mim.

- Eu já estou bem.

Jeff me leva para o quarto e deitamos na cama.
Penso no que acabou de acontecer agora e hoje de manhã, que estranho, deve ser pressão mesmo.

                          DIA SEGUINTE

Acordo e não vejo Jeff na cama, levanto e vou até ao banheiro tomar um banho.
Vou a cozinha tomar um café e logo em seguida vou lá fora esperar Gabriel.
Depois de alguns minutos vejo Gabriel se aproximando.

- Está tudo bem?

- Meio estranha, sabe aquela tonteira que te falei? Tive outra vez, ainda bem que Jeff estava lá e me segurou.

Gabriel me analisa. .

- O que foi? - pergunto a Gabriel.

- Pode ser sintomas de gravidez.

- Claro que não, ta louco.

- Por que não?

- Isso é uma hipótese muito absurda.

- Por que?

- Porque Jeff nunca quis ser pai, ele não suporta criança. Como iria contar isso a ele?

- Uma hora você iria ter que contar, a sua barriga iria crescer.

- Vamos mudar de assunto?  Eu não estou grávida!

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