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Apenas reiterando que apesar do tom mais formal que é até hoje muito usado na realeza e em países tradicionais como a Índia a história se passa em meados do fim do século vinte, mais precisamente em uma época em que a tecnologia começava a ter grandes avanços.Tenham uma ótima leitura e divirtam-se! 😉🥰
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O Comet 4 decolou de Genebra às sete da manhã do dia seguinte. O tempo previsto de viagem era de cerca de quatorze horas.
A aeronave à jato era o que havia de mais moderno no ramo de aviação da linha até aquele ano. Apesar de ter capacidade para cinquenta e seis passageiros o caça era propriedade de uso particular e só fazia voos privados.
Apesar da ampla disponibilidade de assentos, o Duque de Savoie e sua comitiva estavam em poltronas próximas.
Depois de quase duas horas de vôo o silêncio que imperava foi quebrado com o som de um longo e ruidoso bocejo. Carlota se espreguiçou e ainda sonolenta ela se virou para o lado e quase voltou a cochilar.
— Ei!— Ela resmungou irritada ao perceber que Lohan tinha se aproximado da janela de propósito para que ela não colocasse a cabeça no ombro dele.
O secretário apenas a encarou com sua expressão imperturbável e voltou à posição inicial.
— Eu quero trocar de colega de poltrona!— a médica se manifestou.
— Alguém faça ela se calar.— Louis grunhiu de olhos fechados.
Melanie, de seu lugar não conteve um pequeno sorriso. Carlota bocejou outra vez e depois de um tempo seus olhos se arregalaram.
— Louis!— A médica o chamou inquieta em seu assento. Como o Duque não fez nenhum caso dela Carlota ficou de pé mas o movimento brusco fez com que ela sentisse uma tontura e ela voltou a se sentar.— Duque dos Alpes! Você não faria isso não é?— Ela se virou para Lohan.— Vocês me deram sedativo? Eu não costumo dormir em viagens— ela parou seu relato e fez uma expressão assustada e afetada que fez Lohan se remexer no lugar dele. — e você não costuma ser prestativo como foi essa manhã me dando um copo de suco de laranja.
— Pare de fazer tanto alvoroço.
— Eu não acredito!— Carlota cruzou os braços e se afundou na poltrona. Estava inconformada.
— Se eu tivesse te dado um calmante seria um que realmente funcionasse.— Louis dispôs de sua ironia.
A médica o olhou com os olhos semicerrados.
— Princesa Janna! Veja como...— a princesa abaixou o livro que estava lendo da frente do rosto e Carlota se assustou ao ver o semblante cansado dela.— Parece que não dorme à dias!
Janna deu um sorriso fraco e lançou um olhar suplicante na direção do marido.
— Você terminou de ler?— Louis perguntou cruzando os braços e olhando firme para ela.— Se esse for o caso podemos conversar sobre o livro.
Janna negou com a cabeça com veemência. Um dos cantos dos lábios de Louis se ergueu em um sorriso presunçoso e se dando por vencida a princesa murchou os ombros e voltou à sua leitura silenciosa.
Carlota inclinou a cabeça para ler o título do livro e quando conseguiu ela deu uma risada incrédula.
— Porque está obrigando ela a ler um livro maçante? Por acaso vocês brigaram?— A médica perguntou e todos os olhares foram parar em Louis.
— O que você sabe? Cuide da sua própria vida.— Ele respondeu em tom de advertência.
— Eu sei de uma coisa boa para passar o tempo e desenvolver afinidade. Uma dinâmica em grupo.
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Com Amor, Eu Creio.
Spiritual|ROMANCE CRISTÃO| CONCLUÍDO* Jaipur é um reino cercado de guerras e inimigos implacáveis. Em meio à esse cenário Janna uma princesa indiana tem que enfrentar um desafio ainda maior: casar-se com um desconhecido à beira da morte.