TRINTA E TRÊS

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Eu me mantenho petrificada no corredor por alguns segundos, meus olhos vidrados nos olhos verdes de Abraão Rael

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Eu me mantenho petrificada no corredor por alguns segundos, meus olhos vidrados nos olhos verdes de Abraão Rael.

Há tanto de Aidan nele que chega a ser desconcertante estar na sua presença.

Estou prestes a considerar simplesmente ir embora quando a mulher que abriu a porta para mim faz um floreio:

— Por favor, entre.

Eu aperto a alça da minha bolsa e dou alguns passos incertos para frente, completamente desconfiada da situação.

Não entendo o porquê o pai de Aidan se daria ao trabalho de armar todo esse plano para me fazer vir até aqui, mas levando em consideração o que eu ouvi sobre ele, não sei se quero descobrir.

A porta se fecha atrás de mim e somos deixados sozinhos. Abraão se levanta dá a volta na sua mesa e para à minha frente, estendendo a mão.

— Maria Madalena, certo? Ouvi muito sobre você.

Eu olho para a sua mão e a não tenho a mínima vontade de apertá-la. Também ouvi muito sobre ele e é por tal razão que não vou fingir que isso é apenas um encontro profissional.

Não sou idiota, se Rael escolheu justamente a arquiteta que teve um recente envolvimento com seu filho, deve haver um motivo.

— O que estou fazendo aqui?

Ele ri e abaixa a mão, como se estivesse impressionado.

— Você é direta.

— E você não é Aidan.

Abraão sorri com pesar, mas tenho o estranho pressentimento de que não está arrependido de verdade.

— Desculpe, eu imaginei que você estava esperando encontrar o meu filho. Ele não vem, hoje seremos só eu e você.

Ergo a sobrancelha.

— Imagino que Aidan tenha concordado com esse encontro, então.

Abrão estreita os olhos, ele sabe que o estou sondando pela verdade.

— Aidan não sabe que eu a convidei até aqui hoje. E espero poder contar com a sua descrição quanto a isso.

Apesar de ter cortado contato com Aidan há várias semanas, me sinto suja estando ali sem que ele saiba, especialmente depois dele ter confiado em mim para desabafar sobre seu pai tantas vezes antes.

Não parece certo e me recuso a fazer parte de qualquer coisa que inclua me envolver de novo com essa família.

— Eu não acho que isso aqui seja uma boa ideia. Se você não percebeu, há um conflito de interesses. Então é melhor eu simplesmente me retirar...

— Mas é exatamente sobre o nosso conflito que eu quero conversar, Madalena. E acho que vai ser do seu melhor interesse ficar, especialmente se você se importa com o meu filho. A situação é preocupante.

MORDE E ASSOPRADonde viven las historias. Descúbrelo ahora