DEZESSETE

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— Luciano? — Balbucio, lívida. — Oi...

Ele apenas me responde com um sorrisinho contido, querendo que eu aceite as flores.

Porém a sua visita me pega completamente desprevenida, não estava esperando por isso. Fazia pouco mais de uma semana que terminamos, mas vê-lo ali na minha porta me desestabilizou.

Uma bolha de sentimentos sobe pelo meu peito: Receio, tristeza, ansiedade... Foram tantos, tanta coisa juntos.

É difícil descrever exatamente o que vê-lo de novo significa para mim, mas acima de tudo me sinto triste, especialmente pelo fato de que tenha acabado.

E Luciano parece abatido, como se ainda estivesse mal e não dormisse direito.

É tão estranho vê-lo assim, estou acostumada a vê-lo sempre impecável — pois ele acredita que é mais fácil um cliente confiar em um advogado que parecesse saudável e arrumado do que alguém descuidado e bagunçado.

Seus cachos escuros estavam meio que desgrenhados e até a barba que fazia sagradamente a cada dois dias já estava dando crescendo no seu rosto.

Seria mentira dizer a mim mesma que eu não o acho mais bonito, porque acho.

Finalmente me forço a parar de encará-lo feito uma idiota e pego as flores das suas mãos. É claro que se trata de um buquê de rosas brancas.

Desde que começamos a namorar, se tornou uma tradição que ele me presenteasse com rosas brancas no meu aniversário.

Sem mais saber o que fazer, abro a porta e dou um passo para o lado. Essa era a minha oportunidade de ter a conversa honesta que queria desde voltei para Salvador.

— Entra, por favor.

— Desculpa, não vim para ficar. Só vim trazer as flores... E isto — Ele tira uma caixinha retangular do bolso e dá os ombros. — Já tinha comprado faz tempo, mesmo antes de... Você sabe, de terminar comigo. Não fazia sentido guardar para mim.

A minha garganta se fecha em angústia. Sei que não deveria, mas no momento me sinto um pouco mal e culpada por terminar com ele.

— Lu, você não precisava, realmente...

— Está tudo bem, eu só queria te dar isso. E ver como você está. — Seus olhos castanhos escuros focam os meus, mas logo desviam. — Tchau, eu preciso ir.

Ele coloca a caixinha na minha mão e se vira para ir embora.

— Espera! Por favor!

Luciano balança a cabeça.

— Está tudo bem, Madá. Não estou mais bravo, não precisa se desculpar, tá legal?

— Você precisa me ouvir...

MORDE E ASSOPRAМесто, где живут истории. Откройте их для себя