A GOSTOSA DO 104

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Cinco bocas chupariam o meu pau.

Enquanto duas, de cada lado, se serviriam com o talo latejante, outras duas se dividiriam para ver quem mamava a cabeça inchada com mais tesão. A última lamberia meu saco, sem saber se trabalharia na bola esquerda ou na direita. Na dúvida, escolheria um revezamento delicioso.

Estímulos por toda parte. Diferentes consistências, salivas se misturando com minha excitação, permitindo que a ereção permanecesse úmida, preparada.

Eu não pretenderia gozar tão cedo. O líquido do meu prazer se dedicaria àquela que alcançasse a perfeita sincronia – coisa rara de se conseguir quando tantas queriam o mesmo. Podia me controlar; havia treinado a vida toda e sabia como o meu corpo funcionava. Os cinco pares de lábios, com cinco línguas me atiçando seria um dos auges da noite que estaria apenas começando.

Talvez coubessem mais duas... ou três.

Eu não estava contando com a sexta boca que se dividia entre a minha e a vagina que, vez ou outra, afundava em meu rosto, sedenta por mais. Estava molhada, quente, com o clitóris inchado de tão duro. Nem mesmo contabilizava os corpos que eu apalpava com as mãos. Seios, cinturas, bundas, bocetas... Havia tanto para tocar.

A saciedade seria palavra indisponível no meu dicionário. Queria me fartar de bocetas gulosas e cus apertados, queria ouvir gemidos de todos os tipos, queria gozos, salivas, beijos e toques de dezenas de mãos dispostas a me presentear com o máximo prazer.

Atingiria o meu limite. Talvez... Um dia seria possível? Se não fosse naquele, eu não saberia responder quando.

Foderia vinte e cinco mulheres, com toda brutalidade que me era inerente. Uma boceta para cada vela assoprada.


*****


Acordei com três silhuetas ao meu redor, como se fossem gatas manhosas em busca do calor do meu corpo. Eu estava quente, como sempre ficava o tempo inteiro. Difícil mesmo era me livrar da confusão que atingia meus nervos e me tornava um pedaço de insatisfação ambulante.

Não era raro acordar ao lado de peles desconhecidas. Aquelas três, entretanto, eu sabia os nomes, o que já era o bastante para mim. Sinceramente, não precisava saber de mais nada. Nenhuma delas permanecia na minha mente por mais do que uma noite, e a passada, embora prazerosa, deixou-me com uma sensação de vazio meio desconcertante. Não fazia sentido, claro. Tinha três mulheres fogosas me satisfazendo, e ainda assim despertei me sentindo um verdadeiro lixo, após ter aquele sonho libidinoso novamente.

Um sonho de aniversário.

Deixei-as para trás, tomei uma ducha e nem entrei na cozinha para preparar qualquer refeição. Menos sentido ainda faria se as convidasse para um desjejum em quarteto. Além do mais, estava um pouco atrasado para ir à academia antes de pegar no serviço.

Foi enquanto vestia a cueca que elas foram acordando. Avisei da minha pressa com mais ênfase do que realmente sentia e, acostumadas com a situação – eu não era exatamente um cara cuidadoso fora do sexo –, as três se vestiram. Achei que seria indelicadeza de minha parte não as levar até o pequeno portão da frente, por isso as acompanhei do jeito que estava, sem me dignar a vestir qualquer coisa, já que ainda precisava escolher o traje de malhação daquele dia.

Vergonha? Nenhuma.

Eu me sentia à vontade dentro da minha casa, do meu lar. Embora algumas pessoas, em sua maioria mulheres, parassem suas caminhadas para me ver regando as flores do jardim, não me importava e, confesso, até gostava. Eu adorava ser desejado. A impressão que tinha era de que seria capaz de levar qualquer mulher para a cama, sem importar a cor, o credo, o peso, a altura, o formato.

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