06. next stop: New York!

308 35 40
                                    


"eu morri todos os dias esperando por você
querida, não tenha medo
eu te amei por mil anos
eu te amarei por mais mil"

- A thousand years, Christina Perri

Segunda-feira, 28 de Dezembro, 2016

Molly's point of view on

Havia chegado o dia pelo qual mais temia, estava prestes a entrar no primeiro avião pelas próximas sete horas, com destino à Nova Iorque, e embora eu desejasse como nunca esse momento, saberia que ele também seria responsável pelo curto adeus que teria que dar à Joe, que dirigia seu carro e segurava minha mão com a sua direita livre.

— Joe você está tão crescido — minha mãe no banco de trás quebra o silêncio — Me lembro de você com resquícios de barba nascendo!

— Ele ainda tem resquícios Mrs. Lawrence — Wesley que estava junto de minha mãe atrás, brinca — Só aumentaram com o tempo! — diz fazendo menção a pouca barba que o garoto possuía.

Demos algumas boas risadas, havia pedido à Joe que visitasse minha mãe em minha ausência, visto que meu pai estaria em viagem nos próximos meses à negócios, a senhora era realmente adorável e devo dizer que Joseph certamente gostava mais da mulher de belos dotes culinários, do que de mim, sua melhor amiga.

Após muito dirigir, finalmente chegamos ao aeroporto, e sinto meu coração acelerar, Wesley e minha mãe descem primeiro para retirar as malas do bagageiro, enquanto Joe me encara pela primeira vez aquele dia, com um sorriso triste em seu rosto.

— Tem espaço na sua mala para um galã de um e oitenta? — brinca e acaricia minha mão com o polegar.

— Adoraria poder levar você comigo — falo tombando a cabeça para segurar o choro — Ainda não supero o fato de que você não vai estar lá quando o avião pousar.

— Serei o primeiro a te ligar — fala com os olhos marejados — E dane-se o fato de que aqui já vai ser tarde demais!

— Minhas conversas preferidas acontecem de madrugada — faço menção a uma letra de One Direction, nossa banda preferida.

Sorrio e o garoto leva minha mão até seus lábios repousando um doce beijinho, Joe havia me ensinado a forma como uma garota deveria ser tratada de fato, e talvez fosse por isso que o desafio de achar alguém que me tratasse tão bem quanto ele e Wesley, fosse tão difícil.

Desde que nos conhecemos, o rapaz foi responsável pelos melhores lugares que já visitei, e era dono dos meus risos mais sinceros, ao pensar em uma definição para o termo "porto seguro", a imagem do garoto de belos olhos chocolate sempre tomava minha mente, Joe era meu lugar preferido.

~*~

Atenção senhores passageiros, o vôo 867 com destino à Nova Iorque, decolará em instantes — escuto a voz ecoar pelo aeroporto e então chega a hora de me despedir daqueles que mais amava no mundo.

— Oh querida, não chore — minha mãe seca minhas lágrimas com suas mãos e sorri em meio às lágrimas — Estaremos aqui quando voltar no próximo feriado!

— Eu vou sentir a sua falta mama — digo apertando a mais velha em um abraço.

Após me despedir dela, chegou a vez de dizer tchau à Wesley, o loiro assim como Joe, vinha sendo meu companheiro inseparável por longos anos, e seria uma das primeiras vezes que ficaríamos tanto tempo distantes um do outro.

— Tome cuidado com os pervertidos — repreende secando o rosto vermelho pelo choro — E não esqueça de configurar seu Skype!

O garoto me abraça novamente e tira uma de suas pulseiras do punho, me entregando com a desculpa de que era para que me lembrasse dele mesmo que de longe, sorrio me soltando de seus braços.

E por fim, e talvez o mais dolorido, Joseph estava de braços abertos e com os olhos marejados aguardando pelo meu abraço, o garoto me envolve com carinho e nos permitimos chorar pelos curtos minutos que ainda me restavam, sabia que iria doer, mas não tanto quanto pensei que fosse.

— Vou sentir sua falta durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano! — falo contra o peito do mais alto.

— Não vou me esquecer de enviar as cartas! — fala contra meus fios ruivos — E te ligarei todos os dias!

Joe e eu havíamos combinado de escrevermos cartas mensalmente contando a coleção de coisas bacanas que fizemos, era uma maneira divertida de sanar mesmo que minimamente a saudade presente em nossos corações.

— Eu te amo, Joejoe! — falo olhando em seus olhos.

— Também amo você, Mollyzinha! — sorri de lado, bagunçando meu cabelo.

— Promete estar aqui quando voltar? — questiono o garoto com o mindinho levantando.

— Prometo! — envolve meu dedo também com seu mindinho e sorri de lado me assistindo caminhar em direção ao saguão.

Então sigo caminhando até o corredor de embarque, acenando para o trio que estava abraçado observando a minha partida, iria sentir uma falta absurda de sentir o delicioso cheirinho da fornada de muffins que minha mãe preparou, ou das infinitas piadas sobre meu cabelo que Wesley ainda insistia em contar e definitivamente sentiria falta de passar absolutamente todos os meus dias, ao lado de Joe.

MARRY ME - JOSEPH QUINN Where stories live. Discover now