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Era de manhã quando eu senti alguém puxando as minhas cobertas, me fazendo acordar

Cinco – Vai, levanta! Vamos no cartório, a gente tem hora marcada!

S/N – Que?! Já? Ainda é muito cedo!

Cinco – É, poisé! Mas eu te disse que não gostava de enrolação!

S/N – Por que você não marcou isso para a noite, hein?!

Cinco – Porque a noite, é quando sai o nosso avião!

S/N – A VIAGEM É HOJE, TAMBÉM?!

Cinco – Sim, também é hoje! Anda, levanta e se troca logo!

S/N – TA BOM, PAI! EU JA VOU! – Ele bufou – Mas eu não vou me trocar com você olhando!

Cinco – Anda logo, te espero lá em baixo! – Ele teleportou para fora

Eu peguei e fui me arrumar, só para tentar me convercer do que estava acontecendo, resolvi vestir algo que fosse branco, mesmo sentindo que se eu levantasse a mão para cima, Deus puxava ali mesmo.


Eu desci as escadas e estavam todos na volta do cinco, perguntando para ele se iria mesmo me obrigar a isso e dizendo para que ele não me torturasse com sua chatisse

Cinco – É, não combina com você!

S/N – Te perguntei alguma coisa?!

Klaus – Liga não, maninha! Você está linda, ta arrasando!

S/N – Obrigada, Klaus! – Sorri

Cinco – Ué, mas eu não disse que...ah, vamos logo de uma vez!

S/N – Vamos então, para você parar de mutucar nos meus ouvidos! Aliás, está pelo menos com as alianças?

Cinco – Alianças?

S/N – Garoto! Olha para mim, eu sou uma grande gostosa nesse corpo! A unica coisa que espanta macho escroto é um anel no dedo e olha que não é sempre que funciona! – Ele riu

Cinco – Estão na joalheria, vamos buscar antes de ir para o cartório!

S/N – Ta bom, vamos logo, esses saltos estão fazendo meus pés doerem!

Cinco – Então use calçados do seu tamanho!

S/N – Eles são do meu tamanho!

Cinco – Então está apenas me enchendo o saco!

S/N – Ah! Tenta você se equilibrar em cima dessa coisa! – Ele riu, novamente – Pare de rir da minha cara, palhaço!

Cinco – A palhaça não seria você, por estar me fazendo rir?

S/N – Garoto, eu vou largar uma bomba no seu quarto enquanto você dormir!



Nós seguimos para a joalheria e pegamos as alianças...admito, os aneis até que não eram feios...


Logo, seguimos para o cartório, para acabar logo com isso...

Padre – O casal vai querer algum tipo de cerimônia antes de assinarem os papeis?

S/N – Não, obrigada...

Cinco – Se quiséssemos cerimônia, teríamos feito uma cerimônia formal, não acha?! – Ele disse, grosseiramente. Então cotuvelei sua costela e o fuzilei

Padre – Certo...então, aqui estão os papeis...apenas preencham com seus dados e assinem que concordam com o casamento...


Quando foi minha vez de assinar o certificado, meu estômago embrulhou...certo, eu não queria terminar sozinha numa casa enorme e vazia, e também achava que, talvez, eu pudesse deixar aquele garoto menos grosseiro...mas me casar com alguém por quem não sinto nada, fez eu me sentir mal...mas o que eu queria? Eu era uma senhora demissexual/demiromantica de 58 anos, presa num corpo de adolescente...se eu me relacionasse com alguém da idade do meu corpo, eu praticaria pedofilia, e se me relacionasse com alguém de minha idade mental, mas o físico da mesma idade, veriam como pedofilia do outro...afinal, o que eu estou fazendo da minha vida?
  Eu assinei.

Contrato entre máfias (Cinco Hargreeves)Where stories live. Discover now