Capítulo XIV

797 81 9
                                    

O que eu estava fazendo não era uma armadilha, além do mais não sabia como acabar com ela.

Eu só queria descontar toda a minha raiva que aquela velha imunda de terra me trouxe contra ela mesma:

-Nós já tivemos essa conversa.-Gaia disse- Só que eu apaguei sua memória. E posso fazer isso de novo.

-Não você não pode. -não fui eu quem disse isso, era Hades.- Você não vai encostar um dedo na nossa filha de novo.

Poseidon apareceu atrás dele:

-Nunca gostei da senhora e minha filha também não vai.

-Ás vezes as pessoas podem ser mais horríveis que os monstros.- comecei a falar de novo.- Às vezes até a força tem que se curvar diante da sabedoria. Às vezes você só é uma velha burra. Sabe que eu não te matei da primeira vez de propósito não é? O Olimpo me chama de Arma dos Deuses. Sou a única que pode matá-los com algo especial. Mantando Deuses, eu mato Titãs. Não sabia disso não é?

Poseidon e Hades entraram na minha frente e quando se chocaram a Gaia os três sumiram. Apolo acordou:

-Max? Eu vi o que houve, eu não podia me mexer.

Alarmes soaram no acampamento, havia algo mais acontecendo. Leo entrou correndo e arrombou a porta do chalé:

-Graças aos Deuses- ele me abraçou- você está bem. Pelos Deuses Max.

Peguei a espada.

Eu a cravei na barriga de Leo. Me senti mais viva. Ele não morreria rápido.

Apolo tentou me deter, claro que não deu certo.

-Max...-Leo desmaiou.

-Frangote.

Eu comecei a andar pelo acampamento. Dei de cara com Mattheo.

Eu levei a espada muito perto a sua garganta, mas não tive força para fazer mais nada. Eu lhe dei um choque que o fez desmaiar algo me atingiu por trás. Era contracorrente.

Eu e Percy tivemos uma luta boa. Eu teria ganhado e teriam sido duas das quatro cabeças, se Annabeth não tivesse aparecido e Clarisse entrado na minha frente:

-Você é uma otária cenourinha. Impulsiva e mimada. -Clarisse me atacou com as palavras.

-Eu não tô em clima de briga com você- eu comecei a andar na direção de Annabeth que carregava Percy mancando.

-Você é uma fraca. -ela disse- Só não tão fraca como seus "amiguinhos". Igual a tocha humana caiu tão rapidinho. E o rei da água de privada também caiu. Eu os mataria também se pudesse.

Eu virei de volta para ela:

- O que foi que você disse?.

Seja agressiva, Max. Leve 5 ao envés de 4.

Quando eu comecei a andar em direção a Clarisse Mattheo entrou na frente. Aqueles olhos, aqueles malditos olhos.

Ele me olhava com medo. Eu vi meu reflexo em seus olhos. Eu estava muito diferente.

No que havia me tornado?

Clarice vinha em minha direção aproveitando que eu estava com os olhos fixos em Mattheo.

Eu só me lembro de um feixe de luz branca e cabelos loiros em meu rosto.

Acordei um tempo depois, estava algemada e deitada em uma cama em uma casa de campo:

-Não podia arriscar "Arma dos Deuses". Eu sei o que tentou fazer com Zeus. - Apolo disse- Com meu pai... nosso pai. Mas tecnicamente ele não é seu pai. Você sabe não é?

-Sei disso. Pode me soltar. Não vou perder tempo matando você.- eu estiquei os braços.

Ele fez um movimento com as mãos que me soltou. Eu levantei e me sentei perto dele na lareira da casa de campo.

Ele evitou me olhar e mudou de posição para que não pudesse ver seu rosto. Eu o forcei a olhar para mim. Uma cicatriz em seu olho esquerdo:

-Fui eu quem fez isso?

-Não importa.

-Apolo. Foi eu quem fez isso?

-Foi. Mas não foi.

-Tá brisado demais. Eu dormi quanto tempo?

-Foi o preço que eu paguei transportando você pra cá. Sua espada me arranhou.- ele me olhou antes de terminar.- não dormiu muito. Deve ter apagado por umas 4 horas.

-Alguém morreu?

-Aquele seu amigo de Hefesto....

-EU MATEI O LÉO?
-Não menina, estranha. Ele não morreu. Nem me deixa terminar. Seus pais não te deram respeito não?

-Você quase me mata.- eu dei um soquinho no seu ombro.- eu estava pensando sobre a proposta que me fez.

A felicidade surgiu em seu rosto.

-Ainda não posso dizer "sim", eu não te conheço direito. Tecnicamente falamos a primeira vez ontem. Mas também pensei outra coisa. Por que eu?

Ele não disse nada. Eu só o encarei esperando uma resposta. Ele demorou 2 minutos para me responder:

-Não sei se sabe. Mas eu cuidei de você quando era criança. Antes de seus pais te adotarem.
Seus pais também são meios sangues. Eu vivia te visitando. Você lembra do Peter?

-Claro que eu lembro, um menininho loiro e baixinho que morava no prédio ao lado, ele era meu melhor amigo antes do Mattheo.- Apolo me olhou- era você?!?

Ele concordou com a cabeça.

-Eu sabia que um dia você ia morrer. E sabe Max. Eu não quero que esse dia chegue.- juro que vi ele limpando uma lágrima rapidamente, achei que Deuses não chorassem- e se você se casar comigo,as chances de aceitarem sua imortalidade é maior.

-Sinceramente, podemos até casar. Mas ainda não tenho certeza sobre a imortalidade.

-É sério???- ele levantou e deu pulinhos alegres.

Escutei batidas na porta. Ele me ajudou a levantar e fomos abrir.

PUTA MERDA. Quase que eu vou de arrasta pra cima:

-Oi irmãozinho.- Era Ártemis.- Max??

-Me segura que eu vou desmaiar.- eu disse e Apolo agarrou minha cintura - Você me conhece?

- Claro. Apolo não cala a boca sobre você desde o dia em que você nasceu.

-Tá vendo. Eu te disse. - Ele deu um sorrisinho orgulhoso

-Ele já te pediu em casamento?
Concordamos juntos.

-Você aceitou?
Concordamos juntos de novo.

-Só aceito essa união porque é meu irmão. Mas você tem quantos anos?

-16.

-Vamos ter que adiar o casamento de vocês.
Max precisa ter pelo menos a maioridade.

-Não precisa mais. Eu li TODAS as regras do Olimpo para saber isso.

Ártemis o encarou com desdém.

-Tudo bem, tudo bem. Eu perguntei Atena. -ele disse- Eu posso me casar com a Max. Ela só precisa dizer "sim".

Os dois me olharam.

-Eu... Eu aceito. Eu aceito me casar com você Apolo.

Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo Where stories live. Discover now