Relacionamentos

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Ana Carolina

Anne:
Oi Carol já estou na frente da pousada

O meu coração disparou no momento que li a mensagem que tinha acabado de chegar no meu wpp e sinceramente estava me sentindo uma adolescente por causa desse momento. Parei em frente ao espelho para retocar o batom dos meus lábios que era forte, a maquiagem estava mais natural a não ser pelos olhos marcados e os meus cabelos estavam cacheados e volumosos da maneira que eu mais gostava. O vestido longo preto tinha caído perfeitamente no meu corpo, a fenda a direita deixava um ar sexy junto com o decote que mostrava delicadamente o contorno dos meus seios. Passei o meu perfume preferido, peguei a minha bolsa e sai do quarto.

Anne estava parada em frente a pousada encostada em um carro e parecia distraída, mas pareceu sentir o meu olhar em cima dela e levantou seu rosto na minha direção abrindo um sorriso tão lindo que fazia o meu coração disparar. Eu acho que Gabriela está certa quando diz que eu sou muito emocionada nos meus relacionamentos. A holandesa caminhou na minha direção e nos encontramos no meio do caminho.

- Oi – falei completamente perdida naquelas duas esmeraldas dela – desculpa se demorei

- Eu que cheguei muito cedo – disse me parecendo tímida ao mexer em sua nuca – admito que estava ansiosa para te encontrar

- E eu admito que o sentimento era recíproco – falei um pouco tímida por estar sendo rápida demais – vamos?

- Sim – ela disse pegando na minha mão e me conduzindo até o carro – eu e minhas colegas alugamos esse carro para poder andar por aqui com calma

- Eu e minha amigas nos aproveitamos apenas da amizade com a dona da pousada – falei de maneira simples fazendo Anne dar uma risada – usamos tudo que tem no hotel depois de implorarmos para Roberta

- Não deixe a MTV saber sobre vocês ou faram uma série – Anne disse se acomodando no banco do motorista – Jovens e empresarias

- Eu jamais iria trabalhar pra um casal onde fazem a putaria do de férias com o ex – falei sendo totalmente honesta já que odiava aquele programa – tem coisas que não é preciso a gente ver

- Concordo com você – a holandesa disse sorrindo para mim e deu a partida no carro – eu dei uma olhada no cardápio do restaurante onde vamos e lá tem várias opções veganas

Anne só poderia estar fazendo o possível para que eu me apaixonasse por ela para ter tido esse tipo de atitude já que na maioria das vezes as mulheres que me lavavam para jantar optavam por me levar no meu próprio restaurante e nem procuravam saber se existia algum outro restaurante onde pudesse me levar. Demorou apenas cinco minutos para que ela estacionasse em frente ao restaurante que era lindo, ela desceu rapidamente do carro e abriu a porta para mim.

A holandesa entrelaçou os dedos aos meus antes de irmos em direção ao restaurante onde fomos muito bem recepcionadas, ela informou que tinha uma reserva e fomos levada até uma mesa mais reservada onde ela puxou a cadeira para eu sentar e logo depois se sentava a minha frente. O garçom nos entregou os cardápios, ela me disse que a comida era muito boa e que tinha experimentado. Eu sorri ao entregar o cardápio ao garçom e pedir que Anne escolhesse algo para eu experimentar. Por um momento ela parou para pensar, mas não demorou a fazer os pedidos dos pratos que eram veganos e um vinho que disse que seria ótimo para acompanhar.

A belíssima mulher a minha frente começou a me perguntar um pouco sobre a minha vida, contei a ela como eu era curiosa quando criança para viver "nos pés" da minha avó para aprender a fazer tudo que ela cozinhava junto com a Gabriela e depois a contei como conheci a Rosa e a Roberta que tinham se tornado irmãs para mim. Mas ainda a contei sobre o tempo que fiquei fora do Brasil por quase um ano viajando pela Tailandia, Correia do Sul, Japão e China para poder conhecer aquelas comidas maravilhosas que na maioria das vezes eram não tinha nada animal, mas na época eu ainda comia de tudo.

ConsequênciasWhere stories live. Discover now