Uma garota chamada Kyra Carington de 12 anos, que perdeu seus pais aos 6 anos por uma entidade Desconhecida e é amaldiçoada desde então, a garota participa de um exame Hunter que acaba mudando sua vida, novos amigos, mais objetivos,... nova paixão e...
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~Kyra's Pov~
Ultimamente ando distraída, desde o dia em que Killua se aproximou muito de mim. O que teria acontecido se Gon não tivesse aparecido naquele momento? Ou se eu não tivesse o empurrado e expulsado-lhe do quarto? Enquanto penso em todas as coisas que possam me esquecer dele, inevitavelmente, ele sempre aparece em meus pensamentos. Não importa o momento, nem nada, ele sempre vai achar um jeito de ser o centro de meus pensamentos.
Constantemente, essa palavra define bem o quanto penso nele, constantemente penso em Killua, e isso é nojento. Pensar em alguém pelas próximas 24 horas é cansativo, e no dia seguinte esse alguém continuar em sua cabeça por mais 24 horas começa a se tornar insuportável. Está se tornando uma rotina.
E isso continua sendo nojento.
— Kyra! — Gon me tira de meus desvaneios, e o encaro confusa. — Você está me ouvindo?
— Desculpa, eu estava pensando. — Respondo me virando pro garoto.
Gon me encarou por um longo momento, agora, era ele que está absorto nos próprios pensamentos.
— Tudo bem? — Ele perguntou, uma pergunta genuína, mas que parece perguntar de algo específico. — Você tem andado muito...
— Distante? Pensativa? Confusa? — Termino seu raciocínio, "botando as cartas na mesa".
— É — respiro fundo antes de me virar, tendo vislumbre de Killua entrando na sala, observando Gon.
— Bom dia. — Gon cumprimenta com seu sorriso animado que todos amam.
— Bom dia. — Killua devolve, caminhando até a gente.
— Bom dia. — Digo sem muito ânimo, meus olhos se voltando para as palavras do livro, Xeque-Mate, de Ali Hazelwood.
O olhar de Killua se crava em mim, eu sei, e como eu sei? Porque sinto uma pressão enorme em meus ombros.
Porque todas as vezes que ele me encara com aqueles olhos azuis, aqueles par de orbes azuis, que ao se concentrar bem neles, é capaz de ver ondas fortes, um mar turbulento, um mar que engole e leva tudo em seu caminho, aquele mar que pode levar qualquer um. E todas as vezes que esses olhos me encaram, eu sinto uma pressão em mim, a pressão do mar, do ar, da atmosfera.
Às vezes, me sinto o Atlas, eu carrego o peso dos céus nas costas.
