ARRITMIA

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Dormindo sozinha numa cama feita para dois.
Os fantasmas dessa casa me fazem companhia, constantemente finjo que são você.
Me deleito nas sombras que decoram meu quarto.
E deixo qualquer delírio virar realidade, se isso significar que você ainda está aqui.
Mesmo que brevemente, quero sentir tua presença.
A pressão sufocante no meu peito, a inquietude que só o amor traz.
Hoje, me conformo com o calafrio em um calor de quarenta graus.
E com o silêncio ensurdecedor da casa.
Que nada tem haver com calmaria e está longe de parecer algum tipo de liberdade.
É só solidão.