A Princesa Perdida - Livro 2

Capítulo 23

P.o.v. Melody

Sinto meu sangue esfriar e fico paralisada com a pergunta.

"Como deveria responder essa pergunta? Que eu não quero ver ele nunca mais ou que eu quero matar ele? Encontrar com ele? Só se for no inferno." _ meus pensamentos se agitam e meu sangue começa a esquentar.

— ... Posso fingir que nunca escutei essa pergunta? — pergunto com uma expressão séria enquanto encarava Arthur.

— Sim, nunca obrigarei minha irmãzinha a fazer nada contra sua vontade — Arthur disse com um sorriso carinhoso e parecia um pouco sem jeito.

— Aquele puto falou alguma coisa com você? — Stephany pergunta, seus olhos fuzilando Arthur. Por um momento, parece que Arthur se encolhe diante do olhar dela.

— Algo do tipo, mas não vamos falar dele agora — falou desviando os olhos da Stephany.

Stephany não fala nada e vai em direção à cozinha. Deixando nos três na sala.

— Acho que ela não está muito bem — minha voz sai num sussurro quanto stephany saiu de minha visão.

— Sim... Não sei o que fazer para ajudar. — escuto a voz de Arthur e olho para ele. Parecia preocupado.

— Simples, temos que ficar com ela e deixar ela saber que não ta sozinha. — a voz convencida de John me fez olhar para ele e fico confusa do porquê ele está tão confiante.

— Como....? — começo a perguntar, mas sou interrompida por John.

— Ela é minha companheira, e como ela disse que precisa estar pronta para falar sobre o que quer que seja o problema, ela vai contar uma hora. Então, só preciso dar tempo para ela ficar pronta e apoiá-la. — John explica, como se soubesse qual era a pergunta que eu faria. Um sorriso amoroso surge em seus lábios.

— Fofo... — Deixo escapar baixo, mas logo cubro a boca e desvio o olhar, sentindo meu rosto esquentar com o comentário.

— Fofo é? Não esperava ser chamado assim — ele responde, parecendo surpreso com meu comentário.

— Desculpa, foi um reflexo... Quero dizer, é admirável como você está disposto a apoiar a Stephany. É isso que eu quis dizer. — Explico, tentando consertar o mal-entendido. Eu não queria deixá-lo desconfortável com meu comentário.

— Eu sei, maninha, não precisa se desculpar e como é você que esta me chamando de "fofo" eu não ligo — John sorri gentilmente, e parece entender minha intenção. Fico um pouco tímida em ser chamada de "maninha", mas não acho ruim.

Arthur parece observar a interação entre nós com um pequeno sorriso no rosto, e me sinto ainda mais sem jeito por ser observada.

— ... Você poderia me emprestar o celular... irmão? — pergunto olhando para o chão.

— Claro!! — Arthur e John responderam ao mesmo tempo, fazendo eu olhar para eles que agora estavam se encarando intensamente.

Enquanto Arthur e John trocam um olhar intenso, eu me sinto um pouco desconfortável no meio daquela situação. Decido me concentrar apenas em Arthur, já que ele foi quem respondeu primeiro.

— Obrigada, irmão Arthur. — Agradeço sem jeito pegando o celular que ele estendeu. Não esperando uma reação tão intensa dos dois.

— Tsc! — escuto um John estralar a língua em frustração e parecia um pouco irritado com Arthur.

Me afasto e vou para a sacada ligar para minha mãe, fiquei o dia todo fora, devo no mínimo informar que estou bem.

Olho para tela do celular que já está desbloqueada e reparo que a foto de fundo é um desenho da Stephany, parece ter sido desenhada no papel e depois tirado foto. Fico impressiona porque ficou muito lindo.

"Será que foi Arthur? se for, ele desenha muito bem!" _ penso um pouco antes de focar em ligar para minha mãe.

Digito o número dela rapidamente, mas quando ia ligar, uma ligação aparece na tela. Escrito na tela apareceu "Gabriel", resolvi atender, pois pode ser importante para o Arthur.