Prólogo.

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Thalia's POV

Dizem que, antes de nascer, você escolhe todo seu destino. Escolhe como sua vida vai ser, com quem vai casar e até como vai morrer. Eu, particularmente, nunca acreditei quando mamãe falava isso, mas de uma coisa eu sempre tive certeza: meu destino era a música.

Lembro-me bem de que minha mãe costumava gravar vídeos meus cantando enquanto papai tocava violão ao meu lado. Tínhamos um juramento: um dia, iríamos cantar juntos na Wembley Arena, em Londres.

Certo, por que justamente nessa arena, havendo tantas outras no mundo? Bem, papai era inglês e conheceu minha mãe em uma de suas viagens para o Brasil. Ela estava noiva, na época, e largou tudo para ficar com ele. História digna de novela, eu sei.

Nasci lá, porém, antes mesmo de aprender a falar, já estava morando em uma pequena cidade da Inglaterra próxima a Londres, chamada Cambridge.

Quando completei 15 anos, duas grandes coisas ocorreram em minha vida que me fizeram dar um giro de 360º. Primeiro, meu príncipe entrou em minha vida. Matt tem 5 anos e é meu único irmão, a pessoa que mais amo em toda minha vida. E, depois, eu conheci o McFly.

Estava passando por uma época complicada porque, além de estar no início da rebeldia, algo estava errado em casa. Meus pais nunca foram de brigar ou discutir em minha frente. Na verdade, eu até achava que eles haviam sido retirados de um conto de fadas, porque aparentavam se amar arduamente. Porém, em uma tarde de quinta-feira, cheguei em casa do colégio e minha mãe estava de malas prontas. Não mentirei, sempre fui mais apegada ao meu pai, mas qual é! Eu só tinha 15 anos e minha mãe estava me deixando! Tá certo que ela não havia sumido do mapa ou algo do gênero, ela só havia se mudado para um flat na rua de baixo, só que, quando se está no auge da "aborrescência", isso é o fim do mundo!

Lembro-me bem do dia em que uma amiga me emprestou seu fone para escutá-los pela primeira vez.

- Escuta essa música, Tha. É uma banda nova de Londres.

E, então, podemos dizer que foi amor à primeira escuta? Eu fiquei apaixonada por esses quatro meninos que tinham o ritmo muito parecido com The Beatles. Passei exatamente três dias mergulhada em sites, biografias e tudo que se pode imaginar. Em menos de dois meses, havia fotos do McFly por todo o canto de minha parede. E, é claro, como em toda banda, tem sempre o seu favorito. O meu, era Dougie Poynter. Não havia um dia em que eu não pensava em Dougie. Claro, era um amor completamente platônico, mas eu realmente achava que me casaria com ele. E, de 10 coisas que eu falava, 11 tinham "Dougie" ou "McFly" no meio. Realmente, provavelmente épocas difíceis para quem andava comigo, porém, você pode ter certeza: foi uma das melhores épocas da minha vida, onde eu faria de tudo para voltar atrás.

Bom, eu realmente não tinha ideia de que a minha vida daria toda a reviravolta atual.

Dougie's POV

A música realmente sempre foi a minha praia.

Tentei várias audições em outras bandas mas não deram muito certo.

Até que com cerca de 15 anos eu entrei no McFLY.

Os caras têm sido meu refúgio desde então.

A banda, nossas músicas, nosso companheirismo, nossa amizade.

Tive algumas recaídas, é verdade, mas acontece, né?

Bom, eu sempre me apaixono pela mulher errada.

Ou nunca é o momento, vai saber.

Como nunca dava certo, eu desisti de tentar.

Não queria mais compromisso sério por enquanto, enquanto não tivesse certeza que aquela era a mulher com quem eu queria me casar e formar minha família; sendo ela formada de um cachorro e vários lagartos ou filhos.

Não que eu quisesse nesse exato momento, mas quem tem bola de cristal aí? Eu não!

Não sei se daqui a 10 anos eu vou continuar não querendo ter filhos, ou se vou querer; como vai estar minha vida, se vai estar...

Entende?

Pois é.

Mas o fato não é nem isso.

O fato é que nesse momento, enquanto falo com você, meu destino está sendo escrito lá em cima.

É, eu acredito nisso sim.

E acredito também que Deus me ama, mas que teste, hein Deus?

Mano...

Vocês não têm nem ideia da confusão que minha vida vai se tornar por causa de uma coisinha pequenininha que vai entrar nela.

[Não, não é um filho.]

Ok, eu estou falando nada com nada.

Vamos começar meu relato?

Era uma vez...

Opa, não, pera lá.

Muito brega.

Quando eu era mais novo...

Aff, não, muito sem noção.

Tudo bem, desisto.

Vou deixar Thalia começar a contar... 

Fire N' IceDonde viven las historias. Descúbrelo ahora