18.

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Buscamos Matt em um silêncio confortável e ele já estava dormindo, o que nos poupava muitas perguntas. Dougie me ajudou a abrir a casa por eu estar com Matthew no colo e eu o coloquei em seu quarto, e fui para a sala fazer companhia a Dougie.

Nos olhamos por alguns instantes e, como se fôssemos conectados, no segundo seguinte sua boca estava na minha.

Assim, simples.

Como se nossa "relação" sempre houvesse sido simples como nos beijarmos em situações tensas como aquela, como uma forma de extravasar.

Como se nossas línguas e mordidas fossem capazes de descarregar toda a tensão em troca de saliva e puxões de corpos.

E, bom, parecia ser mesmo. Nos beijamos com afinco por quanto tempo nosso fôlego permitiu e só então nos separamos, mas Dougie não desgrudou sua boca da minha pele. Foi descendo, beijando meu queixo, meu pescoço, enquanto me abraçava e nos sentava no sofá - ele por baixo, eu por cima.

Minhas mãos se embrenharam em seus cabelos e, por alguns segundos, eu esqueci os problemas que nos rodeavam. Por alguns segundos, toda minha atenção se concentrou nas deliciosas mordidas que a boca de Poynter deixava em meu pescoço e em ofegar, deixando que minha cabeça pendesse para o lado.

Suas mãos foram até minha bunda e ele puxou meu corpo para frente, para que meu peito ficasse ainda mais colado no seu, e passou a descer a boca pelo meu colo.

Eu o observei em silêncio durante os segundos que ele levou puxando minha blusa um pouco para baixo, esperando que eu o repreendesse a qualquer instante, mas eu não o fiz. Mordi meu lábio inferior em expectativa e, quando Poynter viu a tatuagem de estrela no topo do meu seio, foi sua vez de morder o lábio.

Ele levou seu rosto até lá e cheirou minha pele, como se quisesse me absorver, e então mordeu a pequena tatuagem e a sugou. Gemi baixinho com o apertão que meus músculos deram por aquele contato mais íntimo - o primeiro em meses, depois daquele primeiro em um momento de descontrole. Esse, parecia ser em busca do controle.

Dougie fazia tudo com muito cuidado. Como se tivesse medo de me assustar, de que eu fugisse, então seus movimentos pareciam em câmera lenta para mim. Quando sua mão se direcionou ao meu outro seio e puxou um pouco da blusa, ouvimos um barulho do andar de cima.

Eu arregalei meus olhos, já que o sofá dava de costas para a escada, o que faria Matt nos pegar ali no flagra. Dei um pulo de seu colo - mal tendo ideia de como havia feito aquilo - e cheguei ao pé da escada no exato instante em que Matthew chegava ao seu topo, um de seus olhos em uma pequena fenda enquanto o outro era coçado e ele bocejava.

- Mana, cadê o papai? - foi a primeira coisa que ele perguntou e eu sorri, subindo as escadas e o pegando no colo.

- Ele vai voltar logo logo meu amor, enquanto isso eu posso tomar conta de você, que tal? - sorri ao colocá-lo na cama, o cobrindo com seu cobertor e o fazendo se aconchegar, me sentando ao seu lado e começando um cafuné lento em seus cabelos.

- Hm, tá bom - murmurou e então olhou para a porta. - Oi, Dougie - disse, dando um tchauzinho e fechando seus olhos em seguida, parecendo extremamente sem forças para lutar contra o sono. Sorri e olhei na direção de Poynter, que também sorria, e suspirei.

- Hm, então eu vou... - ele começou a falar e apontou para trás, mas sem realmente se mover do batente da porta.

- Não! - disse, de surpresa, o assustando um pouco, e me assustando também. - Hm, fica. Tá tarde, e... Eu não quero dormir sozinha - murmurei envergonhada olhando para Matt, o vendo já dormir com a boquinha aberta. Ri e o beijei na testa, me levantando sem fazer qualquer barulho e saindo do quarto, com Poynter no meu encalço.

Fire N' IceWhere stories live. Discover now