Capítulo 1: Sistema Solar

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Uma parte de Nous caiu, perfeitamente desenhada, sobre a matéria negra. Criou-se então uma nova Galáxia.

Uno batizou-a de Via Láctea. Achou um nome bastante característico, de acordo com as várias cores da nova galáxia. No seu centro está o núcleo, o qual tem a forma de uma esfera achatada de cor avermelhada; o bulbo central nada mais é do que aquilo que fica em torno do núcleo. O disco é a parte mais visível da Galáxia, é nesta estrutura que repousam os braços daquela. Mas a sua forma de disco não é compacta, o centro e o bulbo configuram uma região chamada de componente esférico. Esta região é envolta pelo Halo, que tem uma forma esférica e é constituída por partículas ultra-aquecidas à alta temperatura, as quais estão em órbita em torno do centro. Já os braços da galáxia são chamados de braços espirais, donde cinco ganham grande destaque, Uno separou-os por cores, são eles: Ciano, Violeta, Verde, Rosa e Laranja.

Concluindo, estas são as seis partes dessa nova galáxia: núcleo, bulbo central, disco, braços espirais, componente esférico e Halo.

Nossa história será contada na região dos braços espirais, mais especificamente no de cor Laranja.

O movimento neste braço era sempre constante, núcleos se criavam a partir da energia.

O primeiro deles foi chamado de Sol, o qual foi composto, primariamente, de hidrogênio e hélio. Continha traços de outros elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, neon, cálcio e cromo. É caracterizado como um grande globo flamejante e dourado, que brilha muito. Muito mesmo!

Quase junto consigo, um mensurado globo negro forma-se ali. Parece ser feito todo de sombras. O Sol desconfia de algo, faz uma acanhada careta. Vê que o mesmo escuro globo tem apenas uma grande deixa abaixo de seu centro. O que parece ser uma boca. Então esta se mexe e, junto dela, uma grave e metálica voz fala em sincronia:

– Contemple o seu novo mestre, iluminado ser.

– Novo mestre? Achas mesmo que não sou possuinte de vida inteligente? – Indaga o Sol com sua grave e aveludada voz.

– O que quer dizer com isso? – Pergunta com sua voz, que mais parece um trovão, o globo negro.

– Quero dizer que sei exatamente quem tu és, ó asqueroso e manipulador ser. E sei também, muito bem, quem é o meu mestre – diz o gigante dourado em tom calmo.

Ele encara com fervor seu inimigo e então continua:

– Eu obedeço somente àquele a quem tudo criou. Uno é o senhor dos senhores, é Deus, é a Vontade de tudo que já criara manifestada. E é somente a ele quem devo obedecer e, principalmente, temer.

– Tu não entendes teimoso e radiante ser, se eu apareci de tua criação, quer dizer então que, junto de ti, há escuridão.

– Não fui somente eu o ser criado por aqui, na vastidão. A galáxia formou-se, eu apenas criei-me por primeiro e, diga-se, com muito amor no coração.

– Ah, tem certeza disso, dourado? – Pergunta o Caos que logo toma uma forma horizontal e tenta adentrar ao Sol. Mas algo o impede, uma espécie de barreira. – O que é isso que, com força, tem-me anulado?

– Isso é Deus, o criador do universo, que acaba de te vencer. Já estás derrotado, tem certeza que é esse caminho que queres escolher?

Algo ecoa nos pensamentos do Sol. "Revide" é o que ele escuta em sua cabeça.

"Revidar com o quê? Se não sei nada fazer" – indaga em seus pensamentos o dourado.

"Emane a minha vontade, ó sábio discípulo, apenas foque em minha voz."

Origem do Além - EvezelWhere stories live. Discover now