Capítulo 2: A Armada do Sol

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O Sol era um líder de Sistema que até então não havia precisado de forças para lidar com seus maiores problemas. No entanto, ele, assustado, exclama para todo o Sistema ouvir.

– As Trevas emergiram, eu preciso das forças! Regentes, dar-me-ão tuas forças!

Imediatamente é avistado um brilho forte vindo da direção da estrela conhecida como Hamal.

Humanoide, de baixa estatura, mas com uma postura robusta, cabeça de tamanho médio, larga e curta. Perfil craniano meio convexo. Tem a boca grande, com lábios grossos. Olhos grandes, vermelhos e expressivos, com arcadas orbitárias não muito salientes. Orelhas pequenas e horizontais. Cornos enrolados em espiral fechada, rugosos e de secção triangular. Sua pele é bem revestida de lã, a qual cobre parte da face e do frontal. Apresenta-se, naquele momento, o primeiro guerreiro. O Sol sorri.

– Áries, a fúria de Marte!

– Farei o que for preciso pra me proteger, senhor – balbucia diretamente o parrudo.

– Isso é bom e preciso – retruca. – Como fostes o primeiro a me aparecer, dou-te a missão de tornar os outros cientes da ação.

– Eu já queria estar lá arrancando umas cabeças. Não tenho medo de nada... Muito menos do escuro. Se quiser, eu já vou pra lá agora!

– Não – diz calmamente o mestre. – Tens de aprender a trabalhar em grupo. Sei que és forte, mas a força que enfrentarás lá em baixo é mais forte do que eu.

Áries bufa zangado. O Sol olha pra ele e conclui:

– És o ser mais corajoso que conheci, mas tens de aprender a controlar melhor tua impaciência.

O parrudo assente e logo põe a mão sobre os olhos, uma luz brilha de longe. Avistam, então, vindo próximo de Aldebarã, outro aliado. Este, por sua vez, é bem alto, carrega também um par de chifres em sua cabeça, mas esses chifres são diferentes, não ramificados, ocos e permanentes, com pontas afiadíssimas. Seu rosto é coberto por pelos negros, enquanto no corpanzil variam-se as cores do pelame entre branco e preto, como se fossem manchas, lindamente distribuídas, indo até o meio de seu corpo, já que o final é vestido por um tecido de cor marrom, no qual são deixadas apenas suas cascudas patas à mostra. Tem os olhos castanhos, uma expressão amigável, carrega sobre o queixo uma longa barba trançada e, entre a região lombar e glútea, porta um rabo não tão comprido nem tão curto. Chega à frente do Sol, curva-se e diz, com uma profunda voz:

– Tu tens a minha força.

– É bom saber que tenho Touro, a base de Vênus, ao meu lado. Obrigado.

– Ô, grandão, iremos trabalhar juntos – disse o parrudo em tom seco, intrometendo-se.

– Esse é Áries, uma das forças que servirão a mim – concluiu o mestre.

– É um prazer trabalhar ao lado de alguém tão corajoso. Já ouvi falar a teu respeito e tu tens a minha admiração.

– Também já ouvi falar de ti – balbuciou Áries, meio sem jeito. – Dizem que tu é o mais forte das forças planetárias da galáxia... Então é uma honra pra mim também, gigante.

Touro sorri:

– Sejamos leais um ao outro então – fala estendo a mão. Áries a aperta, os dois se olham durante um tempo e há muita verdade naquele olhar.

Surge então, do nada, outro aparente guerreiro. É um ser um tanto quanto exótico, nunca haviam visto algo parecido. Como se tivesse dois rostos, duas expressões, duas vidas. Tem um cabelo ondulado e comprido, cor preta com mechas brancas. Um dos lados de sua face era bastante vivo, portando um branco incandescente, já o outro era sombrio e vazio, de cor preta. Tem um olho claro e o outro escuro. Suas nobres vestes de um lado são negras, do outro, vívidas.

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⏰ Last updated: Aug 24, 2016 ⏰

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