|QUARENTA E DOIS| - Á ESPERA DE UM MILAGRE.

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"A tragédia não é quando um homem morre

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"A tragédia não é quando um homem morre. A tragédia é o que morre dentro de um homem quando ele está vivo."

- Albert Schweitzer.

              O estrondo percorrido pelo disparo do revólver estoura por todo o cômodo, em conjunto com a risada maléfica e escarnicada de Louis que ecoa em minha mente, e em resposta eu aperto meus olhos esperando pela dor que não me aflige

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              O estrondo percorrido pelo disparo do revólver estoura por todo o cômodo, em conjunto com a risada maléfica e escarnicada de Louis que ecoa em minha mente, e em resposta eu aperto meus olhos esperando pela dor que não me aflige. Ao contrário, outro riso zombeteiro e perveso invade o ambiente, mesclando-se com o gemido de dor que emana da voz de Harry.

Abro os meus olhos, à medida que a angústia e o medo dominam a estrutura de meu corpo, ao ver Harry cambalear para trás, perdendo o equilíbrio, ao passo que suas feições expressão o misto de dor, ódio e cólera. Corro em sua direção, dando a ele o apoio que precisa, sem importar-me com as consequências de meus atos.

Harry leva sua mão à perna esquerda, na região da coxa, onde aos poucos eu percebo o sangue emanar e encharcar o jeans da calça. O ajudo a se sentar, o escorando na parede, vendo que suas expressões de dor não se amenizam. Ele me encara em uma tentativa de que seu olhar transmita que tudo está bem, mas eu sei que não está, bastando olhar para o líquido vermelho que começa a manchar o chão para perceber isso.

─ Qual é o seu problema? ─ Grito, esbravejando toda a raiva e o ódio que sinto por Louis.

─ Eu posso atirar na outra perna para ensinar a você que não grite comigo ou que saia de seu lugar. ─ Louis aproxima-se apontando o revólver em direção a Harry, que observa as próprias mãos com sangue.

O SEGREDO DA NOITEWhere stories live. Discover now