Capítulo 47

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Oi incríveis, tudo bem? Falta muito pouco para o grande final!!! Estou nervosa e vocês? Quem quiser saber mais sobre a reta final e detalhes de novos projetos, participe do grupo Leitores Incríveis do facebook. Estou organizando um clube do livro em que todo mês nós lemos um livro novo e completo tanto do wattpad quanto publicado por editora e, depois discutimos esse livro. No mês de setembro vamos ler a Rainha Vermelha, quem quiser participar basta procurar o grupo lá no facebook ;)


A dor que eu sinto está vez pior

A dor, o ódio e o rancor,

Lágrimas que rolam pelo meu rosto.

Gritos e sussurros, vozes que me machucam,

Que me ferem como uma faca afiada.

Por que você me odeia tanto? Por que você insiste em me maltratar?

Por que não gosta de mim? Eu te fiz algo?

Por favor me diga, pois estou afundando em um mar de lágrimas,

Estou afundando, afundando.

Fechei o meu caderno, eu estava me esforçando para escrever uma nova música, entretanto a dor que eu sentia em meu peito não podia ser descrita em palavras. Era difícil transformar tudo o que eu estava passando naquele momento em uma bela melodia para que as pessoas pudessem se identificar.

Tudo estava confuso. Eu já estava há duas semanas internada em uma clínica em East Hampton em Nova York, o que era bom porque assim Jace podia me visitar nos fins de semana. Era estranho estar internada naquele lugar, mesmo ele parecendo um hotel de luxo ao invés de uma clínica de reabilitação. O lugar atendia várias celebridades e possuía um excelente tratamento para pessoas que assim como eu tinham problemas com peso e principalmente com o álcool.

A rotina era a mesma: Terapia em grupo pela manhã, e terapia individual a tarde, fora isso o restante do dia se resumia em eu ficar trancada no quarto lendo os capítulos do novo livro do Jace, ou tentando escrever alguma música. Por sorte eu não era viciada em internet, e por isso não fiquei preocupada com a repercussão que a minha internação teve. Mas alguns paparazzi insistiam em ficar na porta da clínica caçando uma foto minha. Minha mãe tentou falar comigo várias vezes, entretanto eu a ignorei. Eu queria me desintoxicar das coisas e pessoas que não me faziam bem e infelizmente a minha mãe fazia parte dessa lista.

Duas semanas sem beber, duas semanas sem colocar uma gota de álcool na minha boca. Era difícil me acostumar, eu tinha que lutar todos os dias para não me entregar ao vício e também tinha que me preocupar com a minha alimentação. Minha nutricionista criou um cardápio especial para mim, mesmo assim cada pedacinho de comida que eu mastigava eu comemorava, pois era uma vitória comer e ainda mais não vomitar.

— Como você está se sentindo hoje? — A doutora Collins perguntou.

Ela era o tipo de mulher que eu gostaria de ser: Forte, corajosa e com um tom de autoridade na voz.

— Tentei escrever uma música mais cedo — falei enquanto meus olhos não conseguiam desviar do olhar sério e rígido dela.

—E como foi? Conseguiu escrever algo? — Inquiriu.

—Não, não consegui escrever nada decente — eu disse desanimada.

—Aposto que conseguiu escrever algo.

— Umas cinco linhas, mas nada que realmente valha a pena.

—Como pode ter tanta certeza? Você pode continuar trabalhando na escrita.

A GAROTA QUE VOCÊ NÃO QUISWhere stories live. Discover now