Capítulo Um - Perdido

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"É incrivelmente fácil perder-se em um olhar.

Difícil mesmo é se livrar dele."



Flash.

O som da música alta batia irritantemente nos ouvidos do rapaz enquanto sua garganta engolia o máximo possível de álcool que conseguia; o que resultava em vários e vários goles.

Flash. Flash.

Uma claridade ofuscante tomava conta de sua visão protegida pelas pálpebras, mas incomodava o suficiente para que ele adquirisse forças para gritar.

Flash. Flash. Flash.

Era impressão dele ou havia uma banda de rock igualada ao Kiss dentro de sua cabeça fazendo a maior arruaça?

Antes que um flash pudesse tomar conta de sua mente outra vez, causando-lhe uma do insuportável no meio do crânio, Tyler abriu os olhos de uma vez, recebendo em suas retinas a claridade maçante de algum lugar. Forçou a fechar os olhos novamente com o impacto da claridade, mas foi somente alguns segundos até que conseguisse abri-los novamente. O teto alto, branco e circular tomou conta de sua visão e o pequeno lustre que protegia a lâmpada de seu quarto o fez entender que ele estava deitado sob os lençóis macios de sua cama.

Sua boca estava seca e amarga e sua garganta fechada de modo incômodo, fazendo-o questionar por que diabos engoliu tanto álcool na noite anterior. Um gemido profundo brotou de sua garganta até que ele tossiu uma vez, sentindo seu corpo doer junto com o caminho de sua faringe.

Merda.

Ele poderia culpar Matthew por aquela droga.

Matthew...

Ele ainda estaria ali depois de tanta bebedeira, não é mesmo?

Mesmo sentindo sua cabeça pesar três toneladas de ferro, Tyler a levantou até que sua visão embaçada conseguisse se ajustar à visão que se seguia defronte a ele: seu sofá, depositado na outra extremidade do quarto, estava carregando um corpo largado e mal posicionado que ressonava alto, como se estivesse no mais profundo e inabalável sono.

É. Matthew estava ali. E deveria acordar imediatamente.

Com mais esforço que o previsto, Tyler balançou suas pernas longas para fora da cama, sentindo todos os músculos reclamarem pela força que eram obrigados a impor para que ele se locomovesse. Resmungou palavrões e palavras desconexas quando a dor de cabeça quase lhe nocauteou com uma pontada dolorida no centro da cabeça. As mãos esfregavam os olhos e os pés o faziam cambalear sem ter rumo algum em seu caminho. Seus dentes cerraram até que ele conseguisse mirar o foco do caminho em direção o sofá onde o corpo de Matthew estava desmaiado.

Beber era bom para caralho, mas às vezes não valia tão a pena se submeter a um dia inteiro de ressaca. Aquele dia era uma inclusão desse fato.

— Acorda. — a voz saiu arrastada e nebulosa enquanto seus dedos tocavam o ombro de Matthew. O amigo nem se mexeu. — Acorda, porra! — esbravejou um pouco mais alto, mas nenhum resultado fora obtido. O filho da mãe ainda estava submerso ao sono dos necessitados e bêbados. Teria de acordá-lo de outra forma.

Deu passos arrastados e cambaleantes até a outra extremidade do quarto, onde ficava uma grande mesa que ele usava para estudar. Isto é, quando ele estava em aulas. No momento, Tyler e Matthew estavam aproveitando seus dias brilhantes e almejados de férias. Ou pelo menos o último dia de férias que eles teriam até voltarem à faculdade.

Naabot mo na ang dulo ng mga na-publish na parte.

⏰ Huling update: Sep 24, 2016 ⏰

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