Oração Subordinada

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E quando tudo for substantivo
Que eu possa ser o adjetivo,
Seu complemento, seu artigo...
E ainda que eu seja abstrato
Quero ser sujeito, predicado
Termo essencial da sua oração.
Quem sabe serei verbo
Alguém certo, indicativo
Só não quero ser duvidoso, incerto, subjuntivo...
E tu, meu objeto direto,
Ligue-se a mim sem preposição.
Quero gritar em todo canto
Conjugar-te no tempo e no espaço
Num hiato infinito.
Poderia dizer tanto
Dizer de modo inexprimível
Tu jamais serás pronome
Que substitui o nome
Pois tu és insubstituível.
Sem você não faz sentido
Minha alma aprisionada
Sou incompleto, incompreendido
Por isso que insisto
Sou sua oração subordinada
E sem você eu não existo...

Por Diego Andrade

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