Vitória Vale Lussari

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• Qual livro despertou seu amor pela leitura?

Bem, acho que foram os livros da série Rangers, do John Flanagan. Foi quando eu tinha 11 anos e foi o primeiro livro que eu realmente quis por mim mesma. Acho que foi a primeira vez que pedi um livro para a minha mãe! Fomos numa livraria e ela comprou para mim, poucas coisas me deixam tão feliz quanto Rangers, rs. E desde aquela época colecionar os onze volumes físicos foi até um esporte de honra e orgulho. Depois do primeiro livro, que li em um dia, foi difícil não me apaixonar pela leitura.

• Como você conheceu o Wattpad? E qual o primeiro livro que você leu no Mesmo.

Foi através de uma amiga. Ela conhecia e sabia que eu escrevia, então me indicou para usar como modo de alcançar alguns leitores diferentes. Pensando bem, se eu tivesse postado minha história mais cedo, talvez tivesse bem mais leitores hoje em dia, pois isto já faz alguns anos. Sobre a leitura de um livro, sinceramente, eu não tinha logado mais no wattpad por muito tempo. Voltei só esse ano, então, só posso falar das leituras recentes, rs. O primeiro livro desse ano foi “Simplesmente Aconteceu” de uma parceira.

• O que te motivou a começa a escrever? Você já sentiu medo, receio ou vergonha de posta suas história. Se sim o que te ajudou a supera eles?

Não é fácil responder, porque acho que você não escolhe ser escritor. Você só tem aquela vontade louca de que as pessoas conheçam o que você criou, por gostar tanto daquilo. E, de repente, decide fazer isso usando um livro. Este foi o meu caso; eu comecei a escrever a história porque quis contar mais sobre ela e acabou se tornando algo muito maior do que eu esperava. E como leitora eu nunca tinha lido uma história como aquela e queria que as pessoas conhecessem e se apaixonassem como eu. As únicas vezes em que tive dúvidas sobre postar minha história foram por eu achar que não estavam prontas, e talvez porque o velho ditado “Santo de casa não faz milagre” é um grande peso. As pessoas que te conhecem e descobrem que você escreve não pensam: “UAU, uma escritora. Vamos ver se ela é boa!”; eles quase sempre pensam primeiro negativamente, como: “Deve ser só mais uma escrevendo porque quer desabafar”, como se fosse só mais alguém escrevendo em um diário, não um criador de algo que valesse a pena conhecer. É muito triste. Acho que superei essa ideia de que minha história poderia ser “ruim” sem muita dificuldade porque eu sabia que não era. Eu sabia que era algo diferente e que poderia atrair muitas pessoas se elas ao menos se atravessem a virar algumas páginas. Então não deixei que me desanimassem. E quis continuar com toda a minha força. Mesmo que demorasse ou que não fosse dar certo, eu sabia que ia ser algo extraordinário na minha vida. E por mim, continuei.

• Quando a sua família soube que você escrevia, eles te apoiaram ?

Não acho que a palavra seria apoiar. Acho que o que eles fizeram que me agradou foi não desacreditar. Meu irmão, por exemplo, nunca leu nada da minha história e já disse que não vai ler, mas ele nunca me desanimou. Sempre que eu tinha uma novidade, ou que eu terminava um capítulo muito legal e ia falar pra ele era algo como “pô, que legal!”. Minha irmã por outro lado, ela leu, gostou e ainda me deu conselhos e, certamente, ela é uma das minhas cúmplices na hora de criar os segredos da história, a trama por trás e outros detalhes. E quando a minha família percebeu que não era só um hobbie e que eu realmente queria fazer dar certo e publicar todos os livros eles me deram força e conselhos.

• Da onde surgir a ideia para a Série “Nova Era” ? 

Nossa, a primeira ideia de “Nova Era” nem tinha esse nome. O primeiro rabisco da ideia de duas irmãs com poderes secretos lutando contra uma bruxa má começou com uma brincadeira de faz de conta com uma amiga. Aí eu mudei de cidade e quis guardar essa parte da minha amizade com ela e comecei a escrever em um blog algumas coisas. Ficou terrível, mais do que ruim. Mas a ideia sempre esteve lá. Depois de muitos anos, mais ou menos com 14, eu voltei a pensar nessa história e também mudei várias coisas. Comecei a construir um universo, as personagens, o enredo, e começou a tomar forma. Logo eu percebi que era uma história grande pra um livro só e comecei a pensar em como seriam os outros e como a história continuaria. Decidi dar metade de mim em escrever um livro que eu gostasse, porque antes de tudo eu fui leitora e sabia o que era um livro bom e interessante, e que tivesse algo diferente e atrativo que desse à história um toque meu. No Natal de 2015 eu peguei firme e dei uma última rebobinada no universo, na cronologia, nos detalhes de cada personagem do primeiro livro. Nesse momento acho que a verdadeira “Nova Era” apareceu. Porque foi um momento em que eu olhei, respirei e não tinha mais nada para acrescentar, mudar, nada. Só por o ponto final e voltar a escrever o segundo (que eu estava terminando na época).

Entrevistas com AutoresWhere stories live. Discover now