Stêr - Três

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Sinto o ar invadindo os meus pulmões com uma carga de pureza extraordinária, sinto uma forte luz me forçando a abrir os olhos e percebo que eu estou deitada, aos poucos minhas lembranças vão voltando, tenho que fugir, minha respiração acelera enquanto eu tento me levantar, mas a única coisa que eu consigo é ser derrubada no chão, meu corpo parece mais pesado, como se eu estivesse parada a muito tempo, tento me mover no chão mas a única foisa que eu consigo é rastejar pelo chão, como se estivesse nadando, desisto, tento ir para a parede e me sento, no chão frio.

O quarto é branco, sem janelas ou portas visíveis, o único móvel é algo que parece uma mesa branca, onde eu devia estar deitada, o piso é extremamente macio.

Olho para baixi e só então percebo que eu não estava vestindo nada, meu cabelo que antes eram no meu ombro agora estão na altura dos meis seios.

Ouço um barulho estranho e uma parede se abre, dentro dela tem um tipo de vestido de mangas longas,  que deve bater no joelho, parecendo algo indiano, sua cor é nude, e na ponta das mangas linhas douradas, do seu lado um sapato que parece ser uma sapatilha preta, sem nenhum detalhe, tento me levantar mais uma vez e com muito custo consigo, sigo até a tal parede cambaleando, e entre uma queda e outra vosto o vestido e o sapato.

Vou tocando nas oaredes tentando achar alguma coisa que se abra, provavelmente eu estou parecendo uma retardada* mas não adianta nada, ainda meio frustrada me sento na mesa fria e vejo um tipo de papel sair da parede na minha frente, me levanto, já com mais força e pego o pequeno papel;

"Bem-vinda a Clerniff" é a única coisa escrita no papel do tamanho de um cartão;

A mesma parede se abre revelando um corredor, as paredes tem quase a mesma cor que o vestido e o piso me oarece ser feito de algum tipo de camurça marrom-escura, no final do corredor tem uma curva, sigo até lá e começo a escutar vozes;

- Ehjo raacdor iva ael?(ela vai acordar hoje?) - pergunta uma voz masculina numa língua que eu não reconheço;

- Ldiicfi rse iva ael equ oach ue sma, msi ( Sim, mas eu acho que ela vai ser difícil) - diz outra voz, com certeza dele, Jj, corro em direção ao sons e o vejo, rapidamente defiro um tapa no rosto dele, com todas as minhas forças, deixando a marca dos meus dedos, o okho deke mhda de cor e fica num tom de vermelho vivo;

- Pra onde você me trouxe?! - pergunto cuspindo as palavras;

- alçince ad em?( me da licença) - pergunta para o outro homem - Vem! - diz me puxando com força pelo pulso até uma porta que se abre revelando uma varanda, enorme,, eu definitivamente não estou na terra, o dia é bem claro, mas num tom amarelado, perto do horizonte é possível ver 2 sois, 2, é tudo muito verde, mais num tom muito claro, exeutem vários montes, todos cobertos pekas densas árvores, que são enormes e tem folhas que lembram folhas de couve gigantes, na maioria das árvores tem casas, algumas tem até prédios, todos ligados por passarelas transparentes ou bondes que vão muito rápido de um canto a outro, no nível do chão existe um certo fluxo de pessoas, muitas que se parecem humanas como eu, e outras com aparência extremamente peculiar como algins seres bem baixos, da altura de crianças, num tom de pele bem escuro e enormes olhos totalmente brancos, tem uns que me lembram os alienígenas do filme avatar, em todo canto se ve pessoas no céu em coisas que parecem carros, motos e ate mochilas voadoras, grande parte das pessoas se vestem da mesma maneira que JJ - Como eu já tinha escrito: Bem-vinda a Clerniff 1 - diz sério;

- A quanto tempo eu estou longe da terra? - pergunto o olhando enfurecidamente;

- Um ano e seis meses, segundo o seu modelo de calendári

- Por quê? - pergunto como se implorasse;

- Há 20 anos uma doença chamada de eetsaclar emtor matou 94,6% da nossa população feminina, as que sobraram ficaram estéreis e loicas, basicamente precisamos de vocês para perpetuar a nossa espécie;

- Mas se vocês fizerem isso, não vai ser a espécie de vocês,  nem a minha, vai ser uma mistura de humanos com...

- Clinters...E sim, vai haver uma mistura, mas é melhor que a extinção - diz cruzando os braços como se fosse óbvio;

- E por que eu? Tenho certeza que tem muita gente que adoraria ser "abduzida" por vocês - digo atropelando as palavras - E eu nem sou especial, você podia ter pego a Beyoncé, a Jennifer Lawrence, a Ariana Grande, sei lá, meus genes devem ser ruins, eu nem sei se eu sou fértil! - digo tentando negociar a minha liberdade;

- Pessoas famosas chamam muita atenção, tem idéia de como seria difícil apagar a memória de tanta gente? - pergunta e eu dou de ombros - E seus genes são bons, na verdade muito bons, é você é fértil;

- Então ninguém na trrra lembra de mim... - digo quase chorando - Por que vocês fizeram isso comigo? O que eu fiz contra você? Eu infrigi alguma regra interplanetária ou algo parecido?

- Foi só o acaso, eu precisava de alguém, você estava lá, não ia dazer muita falta, então... aqui está - diz gesticulando;

- Eu não vou ajudar vocês,  eu nunca vou ter uma criança contigo - digo apontando para ele - e eu vou fazer você se arrepender amargamente do dia em que me tirou da terra, sua vida vai ser um inferno - digo e tento sair da varanda;

- Você não tem escolha - diz segurando o meu pulso com muita força, seus olhos estão vermelhos de novo -  Os seres humanos são fracos, quase inúteis, nada do que você fizer vai surtir efeito, e é bom você se comportar, ou vai pagar muito caro por ter me desafiado - diz quase gritando e me jogando no quarto que eu havia acordado;

- Passei horas socando as paredes, chorando, implorando e tentando negociar para sair, eu já estava com fome e com sede, a ponto de ficar fraca, me sento no chão ainda chorando e fico ali, até pegar no sono, eu só quero uma pizza tamanho família de frango e um refrigerante de um litro.

Um Planeta qualquerWhere stories live. Discover now