Planos vem
Montam barracas
Mas nunca ficam
Planos voam
Como baratas
E tuas antenas
Avisam
Que há perigo eminente
Assombrando
E a seguir
Com força ardente
Mas são tão caros
Nossos planos
Que em um milhão de anos
Apenas uma década há de se concretizar
Nós batalhamos tanto
Decidimos
Remontamos
E depois temos que aprender a lidar
Com fragmentos de planos
Que antes construídos
Agora estão em nossa mente
Escondidos e ainda assim
Sempre a naufragar
Mas temos que abrir nossas mãos
Muitas das vezes
Para pôr o pé no chão
E aprender a esperar
Deixar que o tempo leve
Coisas que nos impede
De pensar correto
E pestanejar
Acharemos nosso tempo
E sonhos serão mais que lamentos
Frustrados e escondidos
Em nosso “eu” a nos afogar
Esses são meus lamentos
Fragmentados
Meus desejos e sonhos
Que nem tampouco foram dissipados
E corrompidos pelo tempo.
CITEȘTI
Ânsia
Poeziepoesia vem, poesia vai, mas o melhor de tudo: diferente das pessoas, ela sempre volta.
