Enfermo

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Pessoas não são band-aids
Para teu sangue estancar
Nem teu ego, ferido
Seria a sombra a perseguir
A minha calma e o meu olhar

Me refaço e cicatrizo
Bem mais que deveria
Me usam, me jogam
Depois de sarado, o prejuízo
Sempre é meu

Mas como sempre
Também me cicatrizo
Me prezo e invisto
Em ser meu próprio curativo

E eu...
Não faço igual a outros sorrisos
Que além de lindos
Eram indecisos
Que machucavam e depois corriam
Para um outro abrigo

Eu sei me sarar
Mas nesse mesmo instante sei
Que nem sempre sarar os outros
É uma medida saudável de se concretizar

Apenas ir
Não tomar para si
A dor que era do outro
E esse outro te deixar esvair

Procurando outros lugares
Para aproveitar a cicatriz de vida
Não és mais saída
Eras apenas o curador de um enfermo
Que agora anseia outros corpos para brindar
A ironia da vida

ÂnsiaWhere stories live. Discover now