Troisième Océan

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Boa leitura amores e obrigada por todos os votos, isso me ajuda muito a saber que estão gostando<3 Capítulo betado por jiminduim, meu amor<3

Semanas haviam se passado e Park não havia mais frequentado o bordel. Estava feliz por não ter que vender seu corpo ou sentir as mãos de desconhecidos tocando-o. Sentia repulsa por cada noite que estava nas ruas ou no bordel com roupas extravagantes e sensuais, exibindo o corpo bonito.

Estranhamente, quase quatro semanas depois que dormiu com Jeongguk, também sua última ida ao bordel, havia sentido leves enjôos e uma sonolência insistente. Negava-se a procurar saber se estava doente ou se uma sementinha estava crescendo dentro de si. Sabia que quando estava com o comandante, estava ovulando e nem sequer usavam camisinha para se proteger.

Ainda podia sentir os braços de Jeongguk ao redor do seu corpo, dedilhando-o com calma, enquanto a mão pequena entrelaçava os fios pretos, puxando-os. Queria poder novamente beijar os lábios finos, ser tocado do jeito delicado que o comandante o fez.

Tocou a própria barriga, apertando-a, quando uma dor e uma ânsia de vômito surgiram. Seu rosto retorceu-se e uma feição de dor passou a tomar conta, quanto mais ele tentasse evitar que tudo que comeu saísse brutalmente pela sua boca. Respirou fundo, esfregando as mãos suadas no local para tentar aliviar a dor, que não sumiu, apenas aumentava.

Nos dias que se seguiram, o gosto amargo na boca não passava, assim como os enjôos, que se tornaram mais frequentes. Jimin tinha suas suspeitas, mas ainda era cedo demais para dar tal julgamento a sua condição.

Se ele estivesse grávido, não saberia o que fazer, obviamente não tinha dinheiro e não poderia viver se prostituindo, ou isso afetaria sua gestação — se é que estava grávido. Talvez fosse intuição de que um pequeno ou pequena "Jeon" estava prestes a se formar na sua barriga, Jimin nem queria pensar no que o comandante diria disso. Afinal, Jeongguk é um homem de boa imagem, alguém de que com certeza já havia planejado seu futuro com uma esposa e filhos, ele não iria querer um prostituto com quem dormiu em um bordel qualquer.

Se sua dúvida da gravidez fosse confirmada, não abandonaria seu filho, pois a criança não tinha culpa de nada, mas também não queria manchar a imagem do comandante espalhando que estava grávido dele. Ele não faria isso com Jeon. Seu peito ardia de tristeza ao pensar em ser rejeitado mais uma vez, então manteria em segredo. Mas antes ele precisava confirmar se realmente estava grávido.

Levantou-se da cama, encarando o malote de dinheiro deixado pelo Jeon. Aquilo não seria o suficiente para ele e o feto, mas sabia que o moreno iria voltar em dois ou três meses. Com as mãos quase trêmulas, arrastou-se para o guarda-roupa, pegando uma peça sem sequer olhar se era a mais confortável, ele apenas queria acabar logo com sua dúvida.

Vestiu calmamente a camisa xadrez vermelha, para em seguida pegar sua calça no chão e vesti-la. Pegou o dinheiro na cômoda enquanto calçava uma sandália de couro surrado. Ao abrir a porta, o vento soprou seus fios, fazendo-os bater contra seus olhos. Resmungou, voltando para dentro da casa para pegar um casaco.

As ruas não estavam tão movimentadas, o que era estranho, já que os turistas adoravam passear aos finais de semana, principalmente pela manhã. Apressou seus passos até a farmácia mais próxima, onde sempre ia quando estava machucado. Ao entrar no estabelecimento, Remy sorriu quando os olhos dele captaram sua figura entrando timidamente.

— Jimin! Está ferido?! — disparou ele, preocupado. Pois das muitas vezes que o Park ia lá, estava cheio de machucados. O rapaz logo se viu aliviado por não ver nenhuma marca no corpo do loiro a sua frente.

— Estou bem, Remy, sério. — Aproximou-se dele, apoiando os cotovelos no balcão. O silêncio de Remy fez Jimin suspirar derrotado. — Estou um pouco enjoado e sonolento, não precisa de muito para me sentir cansado e fraco. Talvez eu esteja...

Océan D'Amour | jikookWhere stories live. Discover now