Uma ilusão

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Pensava que olhavas para mim pelo canto do olho quando passavas. Mas era apenas uma ilusão.

   Pensava ver-te a virar a cabeça para me olhares de forma despercebida, como quem não quer a coisa, pelo canto do meu olho. Mas era apenas uma ilusão.

    Pensava que inconscientemente imitavas as minhas posições, sentado não muito longe na aula, incriminando-te. Mas era apenas uma ilusão.

    Pensava que me darias a mão quando eu precisasse, pois eu já te tinha dado a minha. Pensei que te abrisses para mim da mesma maneira que me despi de coração e alma para que me conhecesses totalmente. Pensei que eras tímido, mas quando vi como agias em frente a outros, vi que me enganei.

    Pensei que o braço em volta dos meus ombros era honesto, mas depois vi que apenas querias apenas uma boa posição para me apunhalar. Pensei que esse véu de maldade escondia uma pessoa frágil e boa, mas o pano escondia algo ainda pior.

    E agora penso que o véu de ignorância era o meu melhor amigo, mas o meu pior inimigo. Mas mesmo despida dele continuo iludida, pois sou atraída e traída pelo meu próprio pensamento. Pelas memórias nas quais caía nas linhas da tua rede, meus erros, e deixava-me quebrar pedaço a pedaço.

    Ou seja, vivi iludida e permaneço iludida procurando desiludir-me para parar com as sucessivas ilusões, enquanto essas desilusões não me quebrarem por completo.

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Não se iludam pelo amor. Não vale a pena.

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