1: uma sala estranha, aliens azuis (e krypton tem uma princesa

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I.

Quando Lena abre os olhos, tudo ao redor é vermelho, sua cabeça dói como o inferno e o piso cheira a marshmallow queimado.

Sua posição é esquisita. A parte direita de seu rosto está toda virada no chão em um ângulo pra lá de desconfortável e a temperatura parecia que iria congelar seus ossos a qualquer momento. Um dos seus braços parece incapaz de se mexer para apoiar seu corpo para fora daquela constrangedora posição de bruços. Merda, não era um bom sinal.

Pode-se ouvir um bipe irritante ao fundo e alguém gemendo baixo próximo demais a um dos seus ouvidos, o que coloca seu corpo imediatamente em estado de alerta. Esse era um sinal ainda pior.

Teria ocorrido algum acidente no seu laboratório? Aquele era seu paradeiro mais recorrente, com exceção, talvez, do escritório e, faria todo sentido, se tudo ao redor mão fosse tão diferente do subterrâneo da L-Corp. Um diferente meio bizarro.

Nenhum daqueles equipamentos parecia muito normal, ou tecnologicamente compatível com o que ela estava desenvolvendo. A estranheza aumentou sua apreensão e, por um momento breve, Lena desejou que fosse alguma das tramoias de Lilian, ou até mesmo de Lex, nem que fosse pelo senso de familiaridade com os sequestros de sempre. Não era.

Ela força sua cabeça um pouco, tentando realizar alguma busca mental eficiente nas lembranças de como poderia ter ido parar ali, mas, o resultado acaba sendo o mesmo que nada. Sua última memória parcialmente nítida envolvia precisar testar alguma coisa e precisar falar com alguém. Nada lá muito preciso ou útil.

Um gemido ao seu lado se torna nítido e latente como o de alguém sentindo dor, o que faz o seu corpo se esforçar ao máximo possível para tentar ajudar. Seu braço bom começa a fazer força para erguer o seu tronco e seus olhos se movem tentando encontrar algum objeto que pudesse usar. Sim. Definitivamente aquele não era o seu laboratório. E não, nada de aproveitável estava no seu raio de alcance.

Seu estômago revira em parte pelo choque, em parte por sua movimentação brusca. Ela ainda não tem campo visual suficiente para enxergar quem estava machucado sobre as placas de metal, as quais, cobriam todo o lado direito do seu braço, embora, isso não impeça de continuar tentando fazer algo útil.

- Lena! - Seu nome ressoa de forma abafada, mas alto o suficiente para os seus olhos se alargarem em pânico.

- Kara? - Responde com a voz engasgada. Sua voz parece mais como um grito logo em seguida: - Kara! Kara, é você?

- Hm, eu acho que sim. - Seu tom parece querer acalmá-la, algo muito possível da loira conseguir, se não fosse a última coisa no universo que Lena poderia estar agora. - Eu estou um pouco enterrada, mas estou bem.

Ela escuta um barulho de alguém forçando as placas para cima, só não dá muito certo.

- Droga!

Lena voltar a tentar ajudar com toda a sua energia, mas o ângulo continua impossível. Claro, Kara Danvers também não desiste assim tão fácil. Com um pouco mais de insistência e força, Lena pode finalmente vê-la por entre os destroços.

De fato, a placa parecia pesada, mas só agora ela consegue perceber que era o corpo de Kara pressionando o seu braço contra o chão aquele tempo todo. Sua amiga tenta se mover para longe dela, contudo, quase em ato continuo, fica bastante claro que sua mobilidade está comprometida por outro pedaço dos destroços.

- Rao, Lena você está machucada!

- Não é nada grave. - Murmura aliviada por ver Kara bem, mesmo com uma das lentes dos seus óculos seriamente trincada. - Onde diabos nós estamos?

The lost princess ᨑ supercorpWhere stories live. Discover now