Sunshine ー Seulrene

stupid cupid

Fomos de carro até o hotel em que iríamos ficar hospedadas. Ao chegarmos na recepção do hotel fomos buscar as chaves dos nossos quartos.

—Olá, boa tarde, eu sou Bae Joohyun e fiz uma reserva para dois quartos.

—Olá, boa tarde! Vou verificar no nosso sistema — a recepcionista começa a olhar a lista de reservas procurando por alguma Bae e depois de algum tempo encontra. —Bae Joohyun, certo?

—Sim — eu e Seulgi já estávamos começando a ficar ansiosas pela demora da garota toda vez que a mesma olha para a tela do computador.

— Eu achei a sua reserva, mas ao contrário do que a senhorita disse, foi uma reserva para apenas um quarto de casal.

—Acho que a senhora viu errado... Tenho certeza de que reservei dois quartos.

—Pode ter acontecido de termos errado e eu até poderia te reservar dois quartos agora, porém o hotel está lotado no momento.

Eu já estava começando a ficar um pouco constrangida e irritada com a situação a ponto de iniciar uma discussão com a atendente.

—Está tudo bem, vamos ficar com o quarto reservado — Kang se interfere na conversa. — Vamos pegar nossas coisas e irmos para o quarto, Joohyun. —Ela diz pegando a chave que a balconista nos entrega, Seulgi me conhecia bem ao ponto de me parar antes de fazer algo terrível.

Enquanto subíamos as escadas para o segundo andar, fiquei pensando o quão desconfortável seria dormimos na mesma cama, pois quando estava na casa de Kang ela sempre dormia na sala e me deixava dormir em sua cama.

Espero, pelo menos, que eu não acorde com os cabelos desgrenhados.

Quando chegamos em nosso quarto, Seulgi foi diretamente tomar um banho quente e relaxante, já eu, fiquei arrumando algumas coisas em minha mala e vendo se nada tinha quebrado.

Kang não demora muito e rapidamente sai do banheiro com os cabelos molhados e um moletom grande e confortável.

Aproveito para também tomar um banho já que aquela viagem tinha sido um tanto quanto cansativa.

Enquanto estava totalmente relaxada naquela banheira quente, vem a tona um pensamento estranho em minha mente: "até que não seria má ideia se Seulgi estivesse aqui". Eu só posso estar louca, aquela mulher nunca teria olhos para mim.

— Chega de pensar nela! — tapeio levemente o meu rosto para eu voltar ao mundo real.

Termino o banho e coloco uma blusa grande e confortável e nem me preocupo em colocar um shorts, porque não iríamos para a praia hoje, já que havia anoitecido e porque a blusa era tão grande que poderia ser usada como vestido.

—Você demorou. — diz Seulgi ao se levantar da cama segurando duas latas de cerveja. — Pra você. — a mesma estica o braço em minha direção para que eu pegue a lata e acabo aceitando.

Nos sentamos no chão de frente uma para a outra.

—Que dia turbulento, não é mesmo? — solto uma risada nasal. Iniciar uma conversa é muito mais difícil do que eu pensava.

—Verdade, mas pelo menos conseguimos chegar bem e ainda vamos dormir de conchinha. — Seulgi e suas gracinhas que sempre me fazem corar.

Ficamos conversando e bebendo durante um bom tempo, tempo o bastante para a bebida alterar os nossos sentidos.

— Hey, eu acho que estou gostando de você. — a mais velha chama a minha atenção com as suas palavras, fazendo o meu coração errar as batidas.

— E-eu acho que eu também gosto de você.— reuno toda a minha coragem para essa frase, mas o que acontece agora? Esse era o fim? Será que ela só está falando da boca pra fora por estar bêbada?

Enquanto várias perguntas vem a tona, Seulgi acaba se aproximando o bastante para me roubar um selar, então retribuo, assim começando um beijo calmo e suave.

Os lábios corais de Kang eram tão macios e doces que chegavam a ser viciantes.

E agora eu percebi que o meu amor por Seulgi tinha nascido no primeiro instante que eu a vi.

Seulgi segura em meus ombros, nos separando brevemente.

—Você promete me amar do jeitinho que eu sou? — Ela faz um biquinho fofo e choraminga enquanto fala suavemente com o seu hálito de álcool.

— Prometo, porém só se você for dormir agora. — A mais alta sinaliza com a cabeça em afirmação.

A levo para a cama e a cubro para ter certeza de que irá dormir bem, então aproveito para já ir descansar também. Me deito na cama e deposito um selar em sua testa e me viro para o lado oposto do qual ela estava virada e logo sinto um abraço por trás e sua cabeça em meu ombro, me aquecendo.

O cupido só pode estar de brincadeira.