CAPITULO 5

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O hotel não era muito grande, mas possuia um restaurante que já estava fechado, uma lojinha que lembrancinhas que também ja estava fechada, uma piscina e uma academia de ginástica, mas mesmo que eu estivesse louca pra suar um pouco ela também estava fechada.

Entrei no elevador e sem ter nenhuma vontade de voltar para meu quarto, apertei o ultimo andar, minha última tentativa era dar uma passada na piscina.

Como imaginei ela estava fechada, mas percebi que havia um pequeno deck que estava aberto e resolvi sentar um pouco por lá e ver a vista da cidade, estava frio, muito frio e me arrependi de não ter levado mais um casaco, mesmo assim decidi ficar.

O vento gelado queimava minha pele, era dificil manter os olhos abertos com o vento forte que soprava no deck, eu não conseguiria ficar ali por muito tempo, mas tentei não pensar nisso e aproveitei o momento de silêncio me torturando com pensamentos sobre o que me esperava no Brasil nos próximos dias.

Mas ele não durou muito tempo.

Ouvi passos e percebi que não estava sozinha, me virei para encontrar a última pessoa que eu esperava ver ali naquele momento.

O cara gato do elevador!

Rapidamente meu humor começou a melhorar, me ajeitei discretamente lamentando não ter feito uma trança sexy e despojada em meu cabelo que mais parecia um ninho por causa da ventania, ele se aproximou, as mãos no bolso da calça cinza e um andar lento que me deixou nervosa e uma pontada de esperança surgiu, talvez eu ainda pudesse beijar um americano antes de ir embora, e melhor ainda o cara gato do elevador. Caprichei no meu inglês e cumprimentei ele, estava um pouco escuro e não conseguia ver seu rosto muito bem, ele usava uma jaqueta de flanela pesada e um cachecol que o deixava muito charmoso.

O frio estava começando a me incomodar e enquanto ele se aproximava senti meus nervos se retrairem e forcei um sorriso nervoso em meus lábios.

Puxa um papo... puxa um papo...

- Está frio hoje né?

Droga! Falar sobre o tempo não... Isso é ruim até em outra lingua, nem minha vó puxaria um papo com um carinha sobre o tempo. Principalmente com o cara gato do elevador...

Fiquei impressionada com sua beleza, era algo selvagem, o típico bad boy de filme americano mesmo, seus cabelos desarrumados estavam voando em todas as direções e ele tinha um sorriso devastador.

- Sim, muito frio.

E tinha um inglês lindíssimo.

Ficamos alguns segundos em silêncio e resolvi me apresentar, estendi a mão para ele e falei.

- Sou a Luana. - ele segurou a minha mão, que ao contrario da sua estava congelada. - Luana Calzavari. - completei.

- Pete.

Pete... Ah que fofinho, meu americano além de um rosto lindo e um sorriso sexy tinha um nome, tudo bem não era o nome que sempre sonhei que meu americano tivesse ( eu sempre amei Joshua, acho muito fofo! Ou Nick, sempre fui apaixonada pelo Nick do Jonas Brothers...) mas mesmo assim gostei de Pete, alias com aquele sorriso ele poderia se chamar Zé que eu adoraria do mesmo jeito.

Nos acomodamos em uma espreguiçadeira e engatamos um papo leve, aquele papo de quem não se conhece mas ta louco pra ficar junto sabe? Pelo menos era o que eu estava rezando para ser.

Na maioria das vezes era eu quem puxava o assunto, ele respondia e depois voltava a olhar para o céu gelado e escuro, e o seu perfil era ainda mais bonito, ele tinha um nariz longo e reto, uma boca que implorava " Kiss me please" e aqueles cabelos rebeldes caiam um pouco nos olhos dando um ar de mistério para ele.

Antes dos 20 - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now