Menos um

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O xerife e Jack escutam os disparos e descem correndo.

- Willie! - grita o xerife, olhando para baixo a tempo de ver um cavalo disparar levantando uma nuvem de poeira. Ele conseguiu ver que levava um homem de camisa vermelha em sua garupa.

Jack chegou lá embaixo primeiro.

- Willie! - ele se acercou do rapaz que balançava a cabeça de um lado para outro.

- O desgraçado me pegou desprevenido. Quando eu vi, ele...

- Calma rapaz! O que importa é que você está bem.

Draco se aproximou.

- Ele levou seu cavalo.

- Pois é! Que merda! Desculpe xerife, eu... eu não sei direito o que aconteceu, quando vi ele já estava me dando um chute e me colocando no chão.

- O cavalo dele não aguentou. Agora ele tem um cavalo descansado e nós teremos que dividir. Jack, leve Willie de volta para Coronado. Eu mando notícias. Tenho que continuar a caçada.

O xerife monta rapidamente e Dinamite levanta as patas dianteiras empinando e relinchando. Como se estive louco para disparar e assim o fez.

Os dois homens que ficaram para trás agitam o chapéu para o xerife se despedindo.

- Vamos Rapaz! Não foi dessa vez que atirou em um bandido.

Draco via a coluna de poeira a sua frente e se deixava guiar por ela já que não conseguia ver direito nada à sua frente.

O deserto de Gila é uma extensão gigante de areia e sol, onde um homem e um animal sofrem horrores para atravessar. Uma extensão de mais de 40 km sem sombra e sem água. Um cavalo cansado dificilmente consegue realizar a travessia, mas Dinamite não é um cavalo comum. Nas pradarias ele era o garanhão que liderava a manada, e por muitas vezes Draco já teve a prova da qualidade e resistência do animal. Mas se preocupava pois eles já vinham de uma cavalgada de horas. O que também pegava para o cavalo do fugitivo. Pois ele fugira com o cavalo de Willie, que também fizera o mesmo percurso que Dinamite e não tinha a resistência deste.

- Vamos meu amigo! - Ele conversa com o animal. - Vamos conseguir e prometo lhe deixar descansar assim que cruzarmos este deserto. Nesse momento não adianta tentar alcançá-lo. Basta não perdermos seu rastro. Após Gila, tem os campos de Jason e lá poderá descansar e aposto que é para lá que ele também irá. Vamos com calma e chegaremos lá.

- Dois caçadores de recompensas chegaram a pouco, antes de vocês e levaram O rapaz! Eles tinham um cartaz e o rapaz que estava no fundo do bar se encaixava na descrição. Quando ele os viu tentou escapar, mas o mantiveram sob a mira das armas. - Exclama uma mulher gorda e de avental para um homem com rosto cheio de espinhas entre a barba malfeita, que está à frente de um grupo de uns vinte homens armados e a cavalo no pátio da pequena pousada e bar. Eles conversam sob a luz da luz da lua, na porta da pousada.

O mau hálito do sujeito faz a mulher se sentir mal, e ela fecha os olhos tentando ignorar o cheiro. Mas ele a puxa ainda mais para perto, pela gola do vestido.

- Se pensa que me enrola com essa conversa idiota pode ir...

- Chefe! - alguém grita.- Ela fala a verdade! Conseguimos ver pegadas de outros dois cavalos. - avisa um dos homens que estava chegando puxando um cavalo cansado, que anda tropeçando nas pernas bambas.

- O rapaz estava a pé, não é? - o homem de espinhas se vira para a mulher e esta confirma com a cabeça. O homem a empurra para dentro da pousada.

- Eles estão com dois homens em um cavalo e tem pouca vantagem sobre nós! O que estamos esperando, vamos!!! - O homem grita pulando para o lombo do cavalo. Em seguida o bando de homens esporeia os cavalos e iniciam a perseguição levantando uma nuvem de poeira.

O Homem de CoronadoWhere stories live. Discover now