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02:45, sábado, 23 de setembro.

Irritante.

Esse barulho era muito irritante.

Levanto aos poucos tirando aquela coisa do meu rosto que se não me engana estava mantendo minha respiração.

Droga, estou no hospital denovo.

O que aconteceu?

Olho ao meu lado e vejo um botão vermelho. Não sei pra que é mas o aperto.

Eu sou curiosa, ok? Não me julguem.

Logo uma enfermeira aparece em meu quarto com uma bandeja com algumas comidas.

-A senhorita já acordou?

-Ah, não. Acho que não.

-Engraçadinha. Bom, como você se sente?

-Me sinto... bem, eu acho.

-Se continuar assim poderá sair logo de manhã.- ela deixa a bandeja na mesinha do lado da minha cama.

-Que horas são?

-Umas três da manhã.

-Nossa, eu estou aqui a quanto tempo?

-Pelo o que eu sei, te trouxeram aqui a mais ou menos umas três da tarde. Não tenho certeza, eu não trabalho no turno do dia.

-O que aconteceu? Quem me trouxe?

-Pela sua ficha diz que você teve uma crise de pânico e sua ansiedade atacou, o que piorou tudo. Você parou de respirar e desmaiou. Suas irmãs e seu namorado te trouxeram. Foi o que Aysha disse, ela que cuidou de você durante o dia.

-Meu namo- o Josh? Não somos namorados.

-Isso já não é comigo. Ele mesmo disse que era seu namorado. Acho que disse isso pra poder entrar. Eu não sei direito.

Suspiro e deito direito na cama olhando para o teto.

-Não sabe quando posso sair?

-Não sei dizer ao certo. Você não teve nada grave, porém o médico encarregado por você não está de plantão hoje. Só ele pode te liberar.

-E minha família? Estão aqui?

-Não. Seus pais chegaram aqui e mandaram todos pra casa dormir. Mas disseram que voltam logo de manhã.- assinto. -Bom, aqui está sja comida. Naquela porta ali é o banheiro. Esse botão aqui serve pra me chamar. Se quiser apenas dormir, fique a vontade.

Agradeço e ela sai. Decido apenas dormir.

(...)

-Ei, não. Não chore. Pequena, por favor. Está tudo bem.

-Por que ele fez isso com você, mamãe?

-Por quê ele ficou bravo. Mas passou. Ele pediu desculpas e agora está tudo bem.

-Mas você toda machucada e sangrando. Mamãe, não está nada bem.

-Eu juro, minha querida, eu estou bem agora.

-Por quê não vamos embora? Por que não fugimos? Ele vai fazer denovo mamãe.

-Não vai, meu amor. Papai não é mau. Ele não vai fazer denovo.

-Promete?

-Prometo.

(...)

-Você mentiu, mãe.- acordo chorando e logo sinto braços ao meu redor.

ʜᴇʟᴘ ᴍᴇ! | ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸ (✓)Where stories live. Discover now