Capítulo 43

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Lis ✨

No domingo acordei cedo pra adiantar o almoço aqui em casa, já que o Ravi iriam cedo pra casa. Arrumei a casa enquanto a lasanha estava no forno e por último fui acordar meu abusinho.

- Ravi, já tá na hora de levantar. - Cutuquei ele algumas vezes, e depois de alguns minutos de luta, ele acordou.

Fui logo dar um banho nele, já que depois do almoço eu iria levar ele pra casa dos meus pais.

- Essa lasanha tá gostosa Lili. - Ele falou enquanto se lambuzava todo, ainda bem que deixei ele só de cueca depois do banho.

- Que bom que gostou vida. - sorri pegando o prato dele levando até a pia.

- Tem sobremesa? - Neguei com a cabeça enquanto lavava os pratos que sujamos, ele fechou o sorrisinho de animação e eu sorri fraco - Mas dia de domingo a mamãe libera sobremesa lá em casa, que saco.

- Mas é que ontem esqueci de comprar. - Fiz bico pra ele que cruzou os braços bicudinho - Você vai ficar triste com a mana, se a mana não te dê sobremesa hoje?

- Não vou, mas que tal a gente sair pra comer a sobremesa? - As vezes a esperteza desse garoto não tem limites.

- Desde quando você começou ficar espertinho assim,  mocinho? - Fui até ele e comecei fazer cócegas em sua barriga, fazendo o mesmo gargalhar.

- Para Lili, para. - Ele ria alto tentando segurar minhas mãos - Mas você vai me levar? - Fingir pensar um pouco e depois concordei pra ele, que começou comemorar levantando os bracinhos.

- Agora vai colocar sua roupa, pra gente poder ir. - Ele na hora desceu do sofá e saiu correndo pro quarto.

Dei uma risada dele e levantei indo pro meu quarto, pra poder me arrumar e ajudar o Ravi. Depois de deixar ele no sofá, voltei pro quarto e fui até o banheiro tomando um banho rápido, depois sair pegando qualquer roupa simples, só pra ir na sorveteria e depois ir na casa dos meus pais levar o Ravi.

Depois de tudo pronto, peguei o Ravi e as coisas dele, fechando o apartamento e descendo pra garagem, peguei meu carro e fui na sorveteria mais perto que tinha, só pra não passar batido a saída com o Ravi.

- Qual sabor você vai querer? - A moça perguntou ao Ravi, e ele colocou a mão no queixo fingindo pensar um pouco.

- Chocolate e flocos. - Ele disse todo animado e a mulher riu preparando o pedido dele.

- Aqui está rapazinho. - A mulher entregou a casquinha a ele e o Ravi pegou todo animado. - E você, qual sabor vai querer? - A mulher me olhou e eu baixei meu olhar pra grande categoria de sabores que tinha no freezer

- Hum... Me vê um de tapioca com doce de leite, por favor. - Ela concordou novamente e eu fiquei olhando o Ravi se lambuzar todo com aquele sorvete. - Vida, assim a mãe vai me dá um esporro quando vê sua camisa nova toda suja.

- Ah, me deixa Lili. - Levantei os braços em rendição voltando minha atenção pra moça que estava a minha frente, com o braço estendido me entregando o sorvete.

Decidir pegar o Ravi e ir sentar na mesinha que havia alí, mas quando virei só sentir o impacto e todo o sorvete vim por cima de mim me melando toda. Assim que olhei pra frente, dei de cara com o Felipe.

- Ou, não olha por onde anda não, cabeção? - Chamei atenção dele e ele me olhou com o rosto meio surpreso por me encontrar alí. - Perdeu a língua? - Perguntei pra ele que riu depois de bastante tempo calado.

- Lis... Não sabia que ia te encontrar por aqui. - Ele agiu na naturalidade, como se não tivesse estragado todo meu sorvete - E desculpa pelo estrago que fiz na sua roupa... Posso te pagar outro se quiser? - Ele apontou pro balcão atrás de mim e eu concordei. Mas é claro que não iria deixar passar.

- Vou fazer cerimônia não, vou querer sim. - Falei virando novamente pro balcão atrás de mim, o Felipe veio pro meu lado, enquanto o Ravi estava bem focado no fim do seu sorvete - Me vê outro, do mesmo sabor por favor.

- Então esse é seu irmão? - Ele apontou pro Ravi e eu concordei arrumando o cabelo do meu bixinho - Loirinho igual você. - Rimos juntos e eu olhei pro Ravi que estava nem aí pra nada.

- Pois é, por esse o fato de muitos acharem que ja sou mãe. - Limpei a boca do Ravi antes que caisse na sua camisa. - Mas o que faz por aqui? A essa hora?

- Hoje decidir sair da preguiça e vim correr um pouco. - Ele apontou pro seu corpo e só aí percebi que ele estava usando roupa de treino.

- Mas você foi correr pra vim tomar sorvete? - Ele riu negando.

- Não, não. Vim comprar uma água mesmo, a minha acabou. - Ele balançou a garrafinha seca no ar - Me vê uma água também, por favor. - Ele fez mais um pedido e pegou meu sorvete da mão da mulher me entregando.

- Bom, valeu ae Felipe. - Falei já pegando na mão do Ravi, pra ir sentar, mas o abusado entrou na minha frente segurando na minha cintura.

- Já vai? Só por que cheguei? - Neguei com a cabeça, por que a boca estava ocupada.

- Estou indo sentar, né! - Ele riu olhando pra trás, onde apontei pra mesa que o Ravi já tava sentado comendo o final da sua casquinha.

Sair sem esperar ele falar e fui até a mesa, sentando do lado do meu irmão. Comecei a comer calmamente, quando o Ravi terminou seu sorvete ele começou me cutucar.

- Ravi, fica quietinho pra me terminar e a gente ir embora. - Ele bufou deitando a cabeça no meu braço.

- Eae garotão, tudo bem? - O Felipe chegou sentando na nossa mesa e falando com o Ravi, que continuou calado e na sua. - Ele não fala ainda?

- Fala sim, só não tem intimidade com você pra isso. - Olhei pro Ravi que estava encarando o Felipe.

- Nossa, dá próxima pega mais leve. - Eu dei de ombros da fala do Felipe - Bom, como que você consegue ser irmão dessa chatinha? - O Felipe apontou pra mim e o Ravi logo me olhou e acabou abrindo um mini sorriso. - Olha lá, já ganhei um sorrisinho.

- Ih, cê vai deixar ele falar assim comigo, Vida? - O Ravi baixou a cabeça rindo e eu apertei os olhos ficando séria. - Você nem pra me defender.

- Desculpa Lili. - Ele deu um risinho e eu acabei rindo também - O que você é da mana?

- Eu sou um amigo da sua mana  - O Felipe falou e bebeu um pouco da sua água.

- Ah, ele é amigo igual o tio Matias? - O Ravi soltou e logo os dois me encararam, eu que estava com o sorvete na boca, acabei engolindo ele seco, apesar de está gelo puro.

- Sim... - Falei apenas e o Felipe continuou sério me encarando.

- Você conheceu o Matias? - O Felipe perguntou ao Ravi que concordou. - E de onde você conhece o Matias?

- Ah, a gente tava no mercado e a mana encontrou ele lá. - o Ravi começou balançar as perninhas curtas.

- Entendi. E você gostou dele? - O Felipe novamente perguntou e eu já estava ficando sem entender o interrogatório.

- Gostei sim, ele é bem legal e brincou muito comigo. - O Ravi contou todo animado.

- Que bom menorzinho. Tava aqui pensando, acho que vou pedir um sorvete, que tal você me acompanhar nesse? - Antes do Ravi responder, eu falei primeiro.

- Não, ele já tomou e se tomar outro pode ficar resfriado. - Falei limpando minha boca com o guardanapo.

- Ah Lis, que besteira. Uma vez só não mata. - Neguei mais uma vez olhando pro Felipe todo folgado na cadeira.

- Ah mana, deixa, deixa, deixa por favor. - O Ravi juntou as mãos fazendo o pedido e eu acabei sendo vencida pelo cansaço.

- Tudo bem, mas só uma bola e nada mais. - Eles concordaram e o Felipe pegou o Ravi no colo, indo com ele até o balcão pegar mais um sorvete.

Se minha mãe sonha, ela me mata e não quer nem saber. Esse menino é o tesouro dela, eu que reze agora pra esse menino não sonhar em tossir.

Meu oposto (Amor)Onde histórias criam vida. Descubra agora