Chapter Twenty-Two

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- Caralho mulher, você realmente tá brincando de detetive. - joguei um sapato no garoto sentado na cama.- Ei!

- Me responde, você conhece algum Max de sociologia?

- Conheço muitos que se chamam assim. - Daniel disse e eu cruzei os braços.- Tá bom, deixa eu ver.

O garoto pegou o celular e digitou algumas coisas, passou a tela algumas vezes e riu de alguma mensagem.

- Danny!

- Tá bom, desculpa.- colocou o celular no ouvido, depois de quatro toques a pessoa do outro lado do linha atendeu.- Oi, lembra de mim?...Engraçadinho, mas em fim....Que? Não. Deixa isso para outra hora...você conhece um tal de Max, talvez um estudante de sociologia, amigo do...- Daniel fez um gesto com a mão.

- Brian Evans.- digo baixo.

- Brian Evans? Sim...Ah Maxwell, sim...uhm...sério? Então tá bom...com certeza, a gente marca outro dia...tchau!- desligou.

- E aí?

- Maxwell Staned, aluno no último ano de sociologia. Ele divide casa com Brian mas anda meio sumido nos últimos dias.

- Já tenho meu suspeito de ouro, apenas tenho que investigá-lo.- abracei o garoto.- Sabe que eu te amo?

- Sei, a menos de três minutos você tava ameaçando a esmagar meu coração.

- Eu só falei com você , porque você conhece metade da universidade, cheio dos contatinhos.

- Isso não é mentira.- separei o abraço e sentei na cama.- E você e Ben? Como estão?

- Bem, eu acho.

- Vai dar namoro.- empurrei seu ombro e o garoto riu.

- Idiota.

- Depois não diga que eu avisei.

╔═══════ ≪🫀≫ ═══════╗

Apertei mais o sobretudo contra meu corpo por causa do vento frio, atravessei o gramado já vendo o carro de Benjamin estacionado. O garoto estava do lado de fora apoiado no capô, com jaqueta de couro, um braço cruzado e de sua boca saiu uma fumaça.

- O que você...- me aproximei, ele abriu a mão mostrando um vape.- Você fuma?

- As vezes, quando estou estressado. Mas isso é melhor que um cigarro.- tirei o vape de sua boca e coloquei na minha, apertando o botão e puxando o ar. Afastei da minha boca e expirei a fumaça branca para fora, o gosto de baunilha ficou em minha boca.

Benjamin me olha.

- Não me olhe assim.- entrego de novo o vape.

- Olhar como?- cruzou os braços com um sorriso de lado.

- Assim. Conheço bem esse olhar.- o olhei.- Estava me comendo pelos olhos.- ele riu fraco e colocou o aparelho na boca novamente.

- Descobriu algo?- disse, a boca soltando o resto da fumaça.

- Maxwell Staned, estudante de sociologia. Ele divide a casa com o Brian.

- Acha que ele pode estar lá agora?

- Não sei, não tenho a mínima ideia do cronograma dele. Além de que precisamos saber de qual casa ele é, ou se faz parte de alguma. Se ele é o culpado, porque estaria fazendo isso? Será que é um sombrio?

- Improvável, há poucos sombrios restantes desde que a sétima casa fechou, meu pai conhece alguns e eu não me recordo do sobrenome Staned.

- Por que estava olhando para Denise ontem?- ele soltou a fumaça abaixando o vape e me olhou.

- Não sei, tem algo estranho nela, não consigo explicar.

- Eu achei estranho, como ela pegou no sono bem na hora do crime e não viu nada?

- Se Maxwell for o culpado e fizer parte de uma casa, ele poderia usar o dom dele nela.

- Ele pode ser um leitor ou um escritor, ambos podem usar o poder. Isso explicaria porque não há testemunhas, talvez a pessoa apague a memória delas ou faça que elas vão para longe antes de matar as vítimas.

- Como vamos lutar contra isso?

- Nós temos uma tatuagem contra os fantasmas.

- Espectros.- Ben me corrigiu.

- Tanto faz, podemos achar alguma coisa. Vou procurar algo na biblioteca da minha casa, procure informações sobre Max e onde podemos...conversar com ele.

- Estamos correndo contra o tempo, Roxie.

- Eu sei.- coloquei as mãos nos bolsos do sobretudo, me virei para me afastar do carro.

- Ei! Tá esquecendo de nada?- me virei novamente.

- De que?

- Um beijo.- ri fraco.

- Muito abusado, você.- Benjamin agarrou meu cotovelo me puxando para mais perto e selou nossos lábios. Coloquei a língua no meio do beijo e fechei os olhos colocando as mãos na gola de sua jaqueta.

As mãos do garoto estavam em minha cintura, Deus eu poderia beija-ló por horas, ainda mais com sua boca agora com gosto de baunilha por causa do vape.

As vezes eu me sentia aquelas adolescentes dos romances de universidade, pena que eu viva no mundo real, onde havia um assassino a solta, eu sou uma sangradora e ele um sombrio.

Separei o beijo e ele voltou me dando selinhos.

- Chega. - digo rindo fraco e ele sorria me vendo, olhei para o lado e no gramado eu via um grupo de garotas fofocando, provavelmente iriam espalhar a fofoca depois.

- Temos que separar?

- Deveres, DeKappel. Vá fazer sua pesquisa.

- Qualquer coisa me mande mensagem.

- Okay.- ele deu um selinho novamente e me afastei rindo, coloquei as mãos nos bolsos do sobretudo e sorria igual uma boba.

Olhei por cima do ombro, vi Benjamin entrando no carro e ligando o mesmo, segui o carro com o meu olhar até virar a rua e sumir de vista.

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