Foram necessários uns bons minutos e muitas batidas irritadiças na porta até que, tanto a submissa quanto a dominadora estivessem prontas para sair do banheiro.
- Está se sentindo melhor mesmo menina? -Victoria olhou profundamente para a submissa, ignorando completamente o som irritante de alguém batendo novamente na porta. Não sairia dali até que ela estivesse bem.
- Estou, só com pouco de fome na verdade. - Lia fez uma careta, pressionando de maneira forte sua barriga. - Se não fosse pela música mais alta lá fora, eu juro, a Senhora ouviria minha barriga roncar feio.
Sua fala fez Victoria explodir em um riso descontraído; sua parceira estava melhor, isso era um ótimo sinal.
- Vamos fazer o seguinte: Duas quadras daqui tem um ótimo restaurante, ele fica aberto até altas horas. Vamos lá e depois vamos para minha casa. Que tal?
Lia não pode deixar de sorrir, pela segunda vez desde o início de seu treinamento dormiria na casa de Victoria. Não tinha nada melhor do que estar nos braços dela, sendo protegida, guiada e cuidada.
- Humm, boa ideia.
- Agora vamos, antes que alguém derrube essa porta.
Victoria se afastou, ficando de pé, entendendo sua mão para que a outra tivesse suporte para levantar.
- POR OBSÉQUIO, VOSSA ALTEZA AÍ, PODERIA ABRIR A PORRA DA PORTA? PRECISO FAZER XIXI. - Uma voz gritou do outro lado da porta.
- GRITA DE NOVO, GRITA MAIS, QUE EU DEIXO TRANCADA E VOCÊ VAI FAZER SEU XIXIZINHO NA ROUPA. - Victoria rebateu séria, fazendo a voz se calar, mas logo caiu na gargalhada, sendo acompanhada de Lia que balançava a cabeça em negativa.
- A pessoa só quer fazer xixi, somos nós que estamos impedindo. E você... que maldade, hein.
- Cof, cof. Eu só brinquei, claro que a pessoa vai fazer suas necessidades, eu que não vou impedir. - Rapidamente Victoria tratou de lavar o vibrador que estava largado na pia, secando-o e guardando na bolsa, dando em seguida uma leve ajeitada em si.
Lia olhava atentamente os movimentos da mulher, ela podia ser o pecado em forma de gente e aquele brinquedo era do capeta. Mas, mesmo assim ela gostava.
Lia percebeu que passou segundos demais deixando sua imaginação fluir, quando ouviu a porta sendo destravada, então se dirigiu até ela, saindo juntamente com Victoria que abria espaço entre aquelas pessoas que esperavam a certo tempo para poderem usar o banheiro.
Ao atravessar o extenso corredor, sendo seguida pela submissa que agarrava fortemente sua mão, Victoria se surpreendeu ao ver o ambiente tão cheio, duas vezes mais cheio do que antes, do que da última vez que esteve ali. Em frente à cruz de Santo André um círculo de pessoas se formava, era óbvio que uma cena ocorria ali, mas de quem?
- Vem, vamos dar uma olhada em quem está causando o alvoroço. - Victoria deu um sorriso de canto, estava curiosa, e por que não sanar a curiosidade de uma vez já que estava ali? Ao poucos foi se enfiando no meio das pessoas, tentando chegar o mais próximo possível para ver quem eram as pessoas que estavam jogando. Para sua surpresa, quem estava ali era Siena, sua amiga e Dona da masmorra. Algo raro de se ver.
Siena, como sempre, impecável: Trajava um vestido de látex na cor preta, nos pés saltos finíssimos. Seus cabelos negros estavam soltos e em sua pele uma maquiagem forte. Em suas mãos, sendo manejado com maestria, havia um flogger com umas trinta tiras chutou Victoria, com os gritos do submisso que era açoitado, ficava impossível achar que poderiam ser poucas tiras ali.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nosso Prazer [BDSM]
ChickLitAtravés das lentes, Victoria Vilarin captava formas, coisas e pessoas. Sendo uma fotógrafa no apogeu de seus bem vividos 30 anos, possuía uma carreira brilhante no ramo fotográfico. Mas, como nada era 100% como se via, ela mantinha uma outra faceta...