capitulo 7

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Lisbon terminou rapidamente o seu lanche e saiu da sua sala.
- tchau gente, bom descanso a todos - indagou Lisbon alto para os seus agentes escutaram.
- tchau chefe - a resposta sonora foi ouvida. Jane por mais entediado que ficava alguns dias, amava trabalhar ali, eles tinham uma família unida. O casal passou numa loja antes de buscar a filha, Lisbon não era muito romântica mas gostaria de contar a filha de uma forma mais fofinha. Jane desceu do carro e buscou a criança na porta de sua sala, ela pediu colo para ele, talvez ainda sentida pela bronca da mãe. Quando chegaram em casa tomaram seus banhos e antes do jantar Lisbon achou ideal conversar com a filha, no quarto dos adultos.
- vem - Lisbon chamou a filha para subir em sua cama. Ela ficou de frente da menina a ponto de olhar ela nos olhos como Jane sempre fazia.- precisamos conversar sobre o que você fez hoje de manhã
- mas eu não fiz nada
- Mackenna, hoje estávamos saindo correndo para não nos atrasarmos, e o que você fez? - Tereza era super paciente com a filha, as vezes Jane não entendia como ela era explosiva no serviço e tão serena em casa
- eu demorei pra ir ao carro?
- uhum - Lisbon balançou a cabeça como que sim - isso se chama fazer birra, só porque não te deixei faltar na creche.- como sempre seu marido ficava observando a mulher conduzindo a conversa
- eu não vou mais fazer birra Mamãe- Mackenna sabia ser fofinha e conquistar os pais
- eu espero que não- Tereza se orgulhou dela mesma no momento, mas também precisava conversar com seu marido sobre como ela se sentia ao disciplina Mackenna sozinha, como se fosse solteira - agora temos uma coisa pra você - os olhos da menina brilharam.
- um presente?
- meh...não exatamente filha- Patrick entregou a Mackenna uma pequena caixa de madeira. - Pode abrir - a menina abriu
- você entendeu filha ?- perguntou Lisbon sorrindo
- é um sapatinho pra minha boneca mamãe?
- não querida- ela sorriu e uma lágrima escorreu dos seus olhos. - está escrito, promovida a irmã mais velha, parabéns, você vai ter um irmãozinho ou irmãzinha- Tereza não parou de sorrir, segurou a mao do marido esperando uma reação da filha.
- mamãe você tá grávida?
- sim estou.- com a confirmação da mãe, Mackenna abraçou os pais e os beijou na Buchecha.
- obaaa- gritou a menina que se levantou e pulou na cama dos pais. - serei irmã mais venha ! Mas mamãe de onde os bebês vem ?- Lisbon arregalou os olhos e se engasgo com a própria saliva
- Bo...bo...bom - a mulher não sabia como iniciar aquela conversa, pediu ajuda ao marido com os olhos.
- o papai encomenda umas sementinhas com a cegonha e quando ele me entrega, dou a sua mãe. - Jane era bom em histórias e Lisbon teve certeza naquela noite- então ela come a sementes que vão para sua barriga e cresce virando um bebê.
- então as sementinhas estão na barriga da mamãe?
- isso mesmo - indagou Lisbon corada.
- agora já para o banho!- Patrick beijou a testa da esposa e foi ajudar a filha...
Logo se passou uma semana, a família estava tranquila e curtindo a gravidez de Lisbon, ela voltou a trabalhar e a rotina dos três voltou a ficar complicada. Tereza estava mais calma e seus hormônios e emoções controladas. Patrick estava babando e já comprava algumas coisas para sua filha que estava a caminho, embora a esposa estava apenas com um mês e uma semana, o homem ansioso sabia que o pequeno embrião era uma futura bebezinha. Mackenna animada como sempre, agora criava personalidade, cada dia mais parecida com a mãe, resposta na ponta da língua o que custou alguns gritos dos pais. Lisbon havia conversado com Patrick sobre ele ser mais participativo na educação da filha, e o mesmo mostrava bons resultados.
- mamãe, papai acordem, eu tô com fome.- indagou a pequena esfregando os olhinhos
- filha é domingo, volta pra sua cama e tenta dormir um pouco mais- Patrick estava exausto, a noite foi um tanto agitada com a esposa, não a culpa os hormônios podem ser uma loucura.
- não, estou com fome agora!
- filha mais cinco minutos. - ele implorou e não ouviu mais a voz de Mackenna. Após cinco minutos a menina surgiu no quarto com uma tampa de panela e uma colher de madeira, o impacto dos dois objetos fizera um estrondo alto que assustou ambos adultos que estavam dormindo.
- Mackenna!- inda Jane.- pare com isso. - o homem passou a mão no rosto que estava vermelho de raiva. Lisbon por sua vez, levantou o mais rápido que pode e pegou a filha pelo braço, logicamente que fraco a ponto apenas de segurar a menina e lhe dar um chacoalhao.
- o que deu em você mackenna ?- perguntou ela retoricamente. - deça já na cozinha e deixe isso no lugar em que encontrou, depois direto para seu quarto, e pode deixar que você terá um belo castigo pra acompanhar essa suas lágrimas de atriz. - a menina obviamente estava a chorar, talvez ela realmente tivesse passado dos limites de paciência da sua mãe. - agora Mackenna, antes que eu fassa você engolir essa colher! - após respirar fundo, Lisbon se deu conta de que estava pegando pesado com a filha que ainda era pequena e não entendia cem por cento das coisas, mas sabia também que precisava ser rígida, Jane por sua vez levantou e fez o café da manhã, logo Lisbon se juntou ao marido na cozinha. Como de costume a mulher se sentou na mesa e pós as mãos na cabeça, a dor que havia atingido estava forte e não deixava a mulher nem se quer pensar.
- eu converso com ela, tome seu café e volte para o quarto, precisa descansar!- Jane estava bem atencioso e cuidadoso, menos protetor no entanto, a pedido da própria esposa. A gravidez de Mackenna foi um tanto complicada para Tereza, era sua primeira vez sendo mãe e devido ao histórico de Jane o homem estava cuidadoso e restringindo tudo o que a esposa desejava fazer ou comer.

FLASHBACK
- Jane me dá meu chocolate agora!
- Lisbon, não faz bem para o bebê o tanto de besteira que você come! - o homem preparava o almoço para a esposa - primeiro almoça e depois eu vejo se devolvo seu chocolate
- eu te odeio!- Tereza deu as costas e voltou para o quarto, depois do almoço os dois voltariam ao serviço.
- vai ficar com essa cara? - Disse Jane dirigindo - Tereza você não pode me ignorar pra sempre.
- Jane você está me tratando como uma moribunda, eu não estou morrendo apenas estou grávida! Comer chocolate ou dirigir meu carro não vai interferir ou prejudicar nossa filha! - indagou a mulher frustrada.
- eu só estou sendo cuidadoso, talvez se você não trabalhasse eu ficasse mais tranquilo
- Jane!- ela não acreditava no que o marido estava falando. - eu ainda estou de quatro meses e o bebê está saudável, já deixou de ser gravidez de risco, o serviço não vai...
- você pode levar um tiro, ou cair e se machucar
- francamente, cancei desse papo.- Tereza desceu do carro batendo a porta com toda sua força e raiva, ainda sim derramando algumas lágrimas de frustração.

Jane separou uma bandeja pequena com waffles e suco, levou ao quarto da filha.
- vamos conversar- ele disse, a Menina sentou ao lado do pai. - com quem você está aprendendo essas coisas ? - Mackenna apenas abaixou a cabeça.- está fazendo isso de propósito pra chamar atenção! Mas isso só está nos fazendo ficar tristes com você.
- desculpa
- não
- por que papai?
- porque você tem que pedir de coração, não por obrigação. O que você fez foi super feio, não são atitudes de uma menininha como você, já pensou no susto que você deu na sua mãe e na sua irmã? - Jane notou a careta da filha ao citar sua irmãzinha - não precisa ficar com ciúmes, sua irmã não vai ocupar seu lugar Kenna.
- promete papai?
- Claro, você sempre vai ser nossa princesa. - Jane abraçou a filha.

O mentalista- A continuaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora