A NOVA MORADORA DO MEU MORRO

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* Coringa on *

Não volto para casa desde minha briga com Bárbara, nunca tínhamos brigado tão feio assim.

Já faz umas 13 horas desde nossa briga.

E eu estou com medo dela realmente ir.

- chefe? - entrou sem bater, desesperado na minha sala.

C - qual foi?

- patroa tá indo embora?

C - que? - dei um pulo da cadeira, peguei minha arma e coloquei na cintura, e a chave da minha moto.

Desci voado até a barreira, ela ainda não tinha chegado aqui.

Ela desce apê, segurando na mão da minha filha com uma mão e a outra uma mala gigante.

C - oq pensa que está fazendo Bárbara?

B - indo embora, não foi isso que vc mandou fazer?

C - eu estava e estou, completamente bêbado e drogado e vc sabe disso.

B - não me importa Coringa, eu nunca dou pra trás com a minha palavra.

C - fds vc, não se esqueça que esses dois filhos tbm são meus e eu tenho tanto direto a paternidade dele quanto vc e vc não vai tirar meus filhos de mim.

B - fds eu? É sério? - não respondi. - é sério que dps de tanto tempo juntos vc vai fazer isso cmg?

C - Bárbara vc não vai sair daqui com os meus filhos.

B - não sei se vc sabe, mas eu não consigo tirar ele de dentro de mim agr.

C - que bom, pq vcs não vão sair daqui, nenhum dos três.

B - se que pensa.

C - Bárbara não me desafia, vamos para casa, vamos conversar.

B - não tem mais essa de conversar, não com vc. - deu uns passos e eu saquei minha arma.

C - para.

B - vai fazer oq Coringa? Me matar? - disse colocando a Fany atrás dela.- saiba que se vc me matar, vc mata seu filho tbm.

C - essa não é minha, nunca foi e nunca será. - apontei a arma para minha cabeça.

B - Coringa oq tá fazendo?

C - se vc quiser ir, pode ir, mas saiba que vc será para sempre a culpada pela minha morte. - destravei a arma.

B - Coringa? Que porra vc tá fazendo? Aham?

F - papai? - disse assustada, olhei para ela que chorava, eu fechei olhos.

C - a decisão é sua Bárbara, vc quer ir? Vá, mais carregar o peso da minha morte será o preço que vc pagará por tirar meus filhos de mim. - disse com os olhos marejando. - isso aqui não me custa nada.

B - Victor por favor abaixa essa arma. - disse chorando. - por favor, não faiz besteira, eu não iria conseguir conviver com essa culpa.

C - a decisão é sua.

B - eu não vou, agr abaixa essa arma, por favor. - abaixei a arma, ela passou a mão pelo rosto e buscou se apoiar em algo.

Um dos vapores a segurou antes que ela caísse.

F - papai? - peguei ela no colo e a abracei forte, a chora muito em meus braços.

C - levam ela para o postinho agr. - eles me obedeceram.

F - senti tanto medo de te perder papai.

C - tá tudo bem meu amor já passou, vai lá com a sua tia. - ela correu até Carol que chorava.

CR - vc tá ligado que vc traumatizou sua filha para o resto da vida né? - bufei e acompanhei Bárbara até o postinho.

Continua...